“Espero inspirar pessoas”, diz skyrunner sobre torneio na Espanha
Patrícia Maria irá representar o Brasil no SkyMaster, mas o que importa no skyrunning para ela é a conexão consigo e com a natureza
atualizado
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O skyrunning é uma modalidade de corrida em trilha que se destaca por suas características técnicas e desafiadoras. Envolve velocidade, resistência, superação e muita técnica, com subidas e descidas intensas. O esporte tem mais subidas do que em uma corrida de trilha comum, pois muitas vezes é praticado em montes e montanhas.
Para a skyrunner Patrícia Maria Nicolau de Andrade, de 37 anos, da Chapada dos Veadeiros, o skyrunning é uma experiência transcendental que foge do mundo artificial e pavimenta um caminho para conhecer a si mesmo. A sensação, segundo a atleta, é de que nada é impossível.
“O skyrunning é uma oportunidade de desafio e de ultrapassar os meus limites. Eu amo a sensação de me testar. A técnica envolvida nas subidas, a necessidade de estratégia, tudo isso me traz prazer. É uma experiência sublime, uma conexão profunda comigo mesma. Eu me sinto liberta”, destaca Patrícia.
Ela e outros sete brasileiros estarão no SkyMaster, competição internacional que dá acesso ao Skyrunner World Series, torneio de maior expressão. A primeira prova será realizada em Eslida Ain, na Espanha, no dia 16 de novembro. Os atletas do Brasil e do resto do mundo irão encarar um percurso de 42,5 km com subida acima de 3.800m.
“A minha expectativa é que ao competir internacionalmente eu possa inspirar mais pessoas e, quem sabe, contribuir para o fortalecimento e estruturação dessa modalidade no Brasil. Espero que minha participação lá fora gere esse ‘efeito colateral’ positivo, para ajudar o esporte a evoluir por aqui”, afirma Patrícia.
A 1ª do ranking skyrunning
Para chegar no SkyMaster, porém, a estrada de Patrícia foi longa, mas o contato com o esporte pela primeira vez resultou em amor à primeira vista. Ela é guia na Chapada dos Veadeiros e, portanto, quase sempre está em trilhas. A primeira competição dela foi em 2019 e, de lá para os dias de hoje, a esportista busca apenas contribuir para a modalidade.
“Hoje, estou em primeiro lugar no ranking brasileiro. Cada vez mais mulheres brasileiras participam dessas competições, o que é sensacional. Já participei de provas com mais de 50 km. O aspecto psicológico é tão importante quanto o físico. O meu único receio em ir para a Espanha é não conhecer o terreno onde vou competir, mas minha rede de apoio tem me incentivado”, aponta Patrícia.