Simone Biles e Venus rebatem acusação de doping após vazamento da Wada
A USA Gymnastics, organização responsável pela ginástica norte-americana, também saiu em defesa da ginasta e argumentou que ela obteve a documentação necessária para o uso dos medicamentos
atualizado
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A ginasta norte-americana Simone Biles usou sua conta oficial no Twitter para rebater a acusação de que teria competido dopada durante a Olimpíada do Rio. Na terça-feira (13/9), hackers russos invadiram um banco de dados da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) e publicaram dados médicos confidenciais da atleta. Os registros revelaram o consumo de substâncias que são proibidas pela Wada, mas liberadas desde que haja necessidade médica. A lista incluiu, além de Biles, as tenistas norte-americanas Serena e Venus Williams.
Em seu Twitter, a ginasta afirmou que usou as medicações para tratar do déficit de atenção e hiperatividade. “Eu tenho DDA (déficit de atenção e hiperatividade) e tomo medicamentos para isso desde criança. Por favor saibam, eu acredito no esporte limpo, sempre segui as regras e vou continuar, pois fair-play é decisivo para o esporte e muito importante para mim”.
Having ADHD, and taking medicine for it is nothing to be ashamed of nothing that I’m afraid to let people know.
— Simone Biles (@Simone_Biles) 13 de setembro de 2016
A USA Gymnastics, organização responsável pela ginástica norte-americana, também saiu em defesa de Biles nas redes sociais e argumentou que ela obteve a documentação necessária para o uso dos medicamentos. “Simone arquivou a documentação requerida pela agência antidoping dos EUA e Wada e não há violação. A Federação Internacional de Ginástica, o Comitê Olímpico dos EUA e a USADA (agência antidoping dos EUA) confirmam isso. Simone e todo mundo na USA Gymnastics acreditam na importância de condições iguais para todos os atletas”, afirmou Steve Penny, presidente da entidade.
Quem também se posicionou sobre o vazamento dos dados da Wada foi a tenista Venus Willians. Por meio de comunicado divulgado pela WTA, a associação que comanda o tênis profissional feminino, a norte-americana se disse “desapontada” com as acusações de que teria disputado os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto, dopada.“Fiquei decepcionada ao saber que meus dados médicos e privados foram comprometidos por hackers e publicados sem minha permissão Eu segui as regras estabelecidas pelo Programa Antidoping de Tênis ao pedir e receber ‘exceções terapêuticas’. Os pedidos das exceções do Programa Antidoping de Tênis requerem um processo rigoroso de aprovação ao qual eu aderi quando sérias condições médicas ocorreram”, explicou a tenista.
“As exceções publicadas no relatório hackeado foram analisadas por um grupo independente e anônimo de médicos, aprovadas por motivos médicos legítimos. Eu sou uma das maiores apoiadoras na manutenção do alto nível de integridade nos esportes competitivos e tenho sido altamente disciplinada ao seguir as regras estabelecidas pela Associação Mundial Antidoping (Wada), a agência antidoping dos EUA (Usada), a Federação Internacional de Tênis (ITF) e o Programa Antidoping do Tênis”.