Sem lutar desde 2018, Wanderlei Silva não descarta luta contra Belfort
Durante inauguração de loja de suplementos em Brasília, o lutador de MMA conversou com o Metrópoles e falou sobre possíveis lutas futuras
atualizado
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Embora não lute profissionalmente desde 2018, quando perdeu para Quinton “Rampage” Jackson no Bellator, Wanderlei Silva ainda está no imaginário dos fãs, que aguardam um retorno do “Cachorro Louco” aos octógonos. Durante presença em inauguração de loja de suplementos em Brasília, Wanderlei tirou fotos e conversou com fãs presentes no evento.
O lendário campeão do Pride (principal evento de MMA nos anos 2000) conversou com o Metrópoles sobre planos futuros, eventuais em lutas de exibição, a candidatura a deputado federal e mesmo uma revanche contra Vitor Belfort, algo que nunca aconteceu desde que lutaram pela primeira e única vez em 1997.
Apesar de não fazer uma luta profissional há mais de três anos, Wanderlei acredita que em um luta de exibição (cenário em que não há disputa por título, além de regras próprias) voltaria a lutar.
“Hoje em dia, está tendo uma volta dos atletas que querem fazer o entretenimento. Se aparecer um youtuber bom de briga, eu topo. O esporte esta sendo usado para o entretenimento, o que é muito legal porque os esportistas podem continuar estendendo a sua vida útil”.
E é justamente em meio a lutas de exibição que o curitibano de 45 anos não descarta uma revanche contra Vitor Belfort, que o nocauteou em 1997 com apenas 16 segundos de luta.
“Faltou (essa revanche)! Era o que todo mundo queria, eu também queria. Infelizmente, não aconteceu. Mas quem sabe nessas lutas de entretenimento a gente se encontre e faz a alegria dos fãs com esse grande combate”.
Embora lutadores como Glover Teixeira estejam mostrando que é possível lutar em alto nível após ultrapassar a marca dos 40 anos, Silva explicou que a longevidade de cada lutador é algo muito subjetivo, uma vez que é preciso saber “o estado de saúde do atleta, saber se você se cuida. Se você está apto a continuar competindo, se você consegue se apresentar em um nível legal. Então, se o atleta estiver bem, ainda dá para ir longe”.
Além do fator tempo (que pode ser mais acentuado em determinados competidores), outra mudança importante na vida de Wand foi quando saiu do Pride, evento de MMA comprado pelo UFC. Foi justamente no extinto evento que o brasileiro viveu o auge, sendo campeão e uma estrela no Japão, onde aconteciam as lutas.
Porém, Silva diz que as fases que um atleta atravessa pode ter sido mais determinante do que as diferenças entre um evento e outro. No Pride, aluta era em um ringue semelhante a um de boxe, com menos regras, algo mais próximo de um vale-tudo.
“Eu acho que eram momentos diferentes, né? Eu estava em um momento diferente na minha carreira. A regra pode ter influenciado um pouco, mas cada atleta passa por vários momentos, tem que entender cada momento”.
Perguntado se hoje exsite um “Cachorro Louco”, o ex-campeão do Pride ressaltou o sucesso de Charles do Bronx, que, apesar de ter perdido o cinturão por não bater o peso, segue acumulando vitórias e terá nova disputa para recuperar o título dos pesos-leves.
“Ele realmente é um grande campeão, tem tido grandes performances contra grandes atletas e isso está fazendo ele galgar o espaço dele para ser uma grande lenda do esporte. Estou muito feliz com as performances dele, está mostrando que o brasileiro é bom, que aguenta porrada, vai pra cima e vai pra ganhar”.
Um novo quadro da política?
Recentemente, Wanderlei Silva anunciou a pré-candidatura a deputado federal pelo estado do Paraná. Ao lado de Bolsonaro, o atleta divulgou nas redes socais que buscará a eleição para o Congresso Nacional.
Questionado se seria uma boa estratégia se aliar a Bolsonaro num país bastante polarizado, onde o mandatário segue com apoio, mas com alta rejeição, Wanderlei disse que pretende dialogar com quem pensa diferente em prol do esporte e da coletividade.
“Todos os meus fãs sabem o meu posicionamento. Cada um tem o seu e agente tem que respeitar. Eu acho que hoje em dia no Brasil a gente tem que ter alguém que entenda os dois lados. Essa briga não é boa para ninguém”.