Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze estreiam na SSL Gold Cup
Brasileiros utilizarão a mesma embarcação no primeiro dia de competição
atualizado
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Imagina ter em um mesmo barco bicampeões olímpicos, medalhistas e grandes velejadores? É isso que terá na embarcação da seleção brasileira para a disputa do evento-teste da SSL Gold Cup, competição inspirada na Copa do Mundo de futebol e que será realizada entre maio e junho do próximo ano. A disputa começa nesta segunda-feira e vai até 3 de outubro, no Lago Neuchâtel, na Suíça.
O capitão do ‘Dream Team’ nacional, o time dos sonhos, é Robert Scheidt, um dos grandes nomes da história da vela. Ao lado dele estarão as bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze, além de Gabriel Borges, Juninho Jesus, Alfredo Rovere, Henry Boening, Henrique Haddad, João Signorini e Andre Fonseca.
A Star Sailors League fornece o barco de 47 pés para todas as equipes do evento-teste. “O Brasil tem uma oportunidade legal de contar com um time. Montamos uma boa tripulação e agora precisamos nos entrosar. Reunimos talentos de diferentes áreas, mas formar um time é sempre um desafio”, afirmou Scheidt.
Na disputa desta segunda-feira, o Brasil vai velejar na flotilha 1 contra Argentina, Omã e Croácia. Na flotilha 2 estão Estônia, Israel, Hungria e Suíça. Apenas dois barcos de cada grupo avançam para a final. O evento era para ter sido realizado no ano passado, mas acabou adiado por causa da pandemia de covid-19
Já em 2022, a SSL Gold League terá o mesmo sistema de disputa, mas pelo regulamento o Brasil entra direto nas quartas de final. “Temos uma equipe boa no papel, que precisa velejar bem junta. O importante é reunir o time e dividir as funções no barco. Formar a tripulação mesmo. Vai ser um aprendizado, pois nem todo mundo velejou nesse barco. Mas é um evento bem bacana, um novo conceito de competição que prioriza a emoção, tanto para o público quanto para os atletas, preservando o espírito e a tradição da vela”, explicou Scheidt.
No total, 56 países estão inscritos para a SSL Gold League. “Este primeiro evento da seleção brasileira de vela será muito importante para entendermos quais os pontos fracos da equipe e poder trabalhar nas soluções”, disse Bruno Prada, gerente da equipe e que fez uma dupla vitoriosa com Scheidt na classe Star
“Um campeonato entre nações é muito legal. A vela finalmente terá o equivalente a uma Copa do Mundo de futebol. O objetivo é fazer o barco da forma mais simples possível. Se colocar muita tecnologia, cria-se dificuldade para velejar. Mas não é um barco fácil, pois terá uma série de detalhes. O que vai valer é a capacidade da tripulação de manusear os cabos e ajustar as velas”.
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