“Passou da hora”, cobra Scarpa sobre processo contra Willian Bigode
O jogador Gustavo Scarpa enfrenta disputa judicial envolvendo o atleta Willian Bigode por golpe milionário envolvendo criptomoedas
atualizado
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O jogador Gustavo Scarpa acabou de ser campeão com o Atlético Mineiro no Campeonato Mineiro, mas uma dívida do passado ainda o assombra. O jogador ainda enfrenta uma disputa judicial com Willian Bigode, companheiro da época de Palmeiras. Scarpa cobra a devolução de mais de R$ 6 milhões nos investimentos que fez na empresa XLand por recomendação da empresa de consultoria WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, que pertence à Bigode.
Scarpa acionou a Justiça em março de 2023 e, logo, o caso se arrasta sem resolução há quase um ano e meio. O jogador do Atlético Mineiro vê a situação como algo simples de resolver e acrescenta que já passou da hora de dar um fim ao caso.
“Poderia estar resolvido, já passou da hora. É um caso muito simples, está claro no processo a responsabilidade do Willian. Eu espero que se resolva o quanto antes, agora estou de volta no Brasil e que isso influencie no desenrolar do caso. Apesar de saber que é um caso complexo, é simples”, afirma Scarpa em entrevista à ESPN.
Ele acrescenta que precisou viajar da Inglaterra até o Brasil para provar tudo o que ocorreu, em relação aos investimentos, com áudios e capturas de tela. Segundo o atleta, está tudo claro no processo. “Enfim, quero recuperar essa grana. Tomara que dê certo”, aponta o jogador.
Durante todo o processo, Bigode já teve até salários recebidos por seus respectivos clubes bloqueados. O atacante atualmente está no Santos.
Scarpa no prejuízo
A última atualização do caso ocorreu em janeiro. Em decisão proferida no dia 16 de janeiro, o juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), ordenou que a Polícia Federal emita um laudo sobre o real valor das pedras preciosas da operadora de criptomoedas Xland.
A empresa diz possuir um malote de 20,8 kg contendo alexandritas, uma pedra preciosa. Ela acrescenta ainda que o material vale mais de R$ 2 bilhões, suficiente para cobrir com sobras o prejuízo de R$ 6,3 milhões sofrido por Scarpa no golpe.
Contudo, notas fiscais às quais a reportagem teve acesso mostram que a companhia pagou apenas R$ 6 mil pelos minérios.
O valor de R$ 2 bilhões, porém, foi o apresentado a Scarpa como lastro quando ele assinou contrato de investimento com a Xland, ao lado do lateral-direito Mayke, após aconselhamento dado pelo atacante Willian Bigode, seu ex-companheiro de Palmeiras.