San Lorenzo reclama de “violência sistêmica” a argentinos no Brasil

O San Lorenzo repudiou veementemente a ação da Polícia Militar de Minas Gerais na partida contra o Atlético-MG, na noite dessa terça-feira (20/8). Em resposta ao ocorrido em Belo Horizonte, o clube declarou que irá apresentar reclamação formal a Conmebol pela “violência sistemática” praticada contra times argentinos no Brasil.

O Atlético-MG vencia o San Lorenzo por 1 x 0 quando uma confusão teve início na área da torcida visitante na Arena MRV nesta terça-feira (20/8). Em meio ao caos, a PM entrou em ação e usou spray de pimenta e bombas de efeito moral para conter os ânimos. Por conta do entrevero, a partida ficou paralisada por cerca de 5 minutos.

“O San Lorenzo repudia veementemente todos os acontecimentos ocorridos em Belo Horizonte, desde as agressões injustificadas e selvagens da polícia brasileira contra nossos torcedores até uma série de acontecimentos que ameaçam o espírito esportivo e o bom relacionamento entre os clubes”, comunicou o clube argentino em nota oficial.

Em entrevista após o jogo, o jogador Sebastián Blanco, meia do San Lorenzo, também criticou a ação policial. O atleta destacou que casos como esses se repetem em solo brasileiro em partidas contra times argentinos.

“É a mesma coisa que sempre acontece no Brasil: eles atiram nas pessoas, maltratam. Os jogadores que não jogaram foram para um camarote sem janelas. Depois não acontece nada, a Conmebol não sanciona (uma punição). Depois andam por aí agindo como coitados por toda parte e criticando os argentinos. Aí depois falam que nós (argentinos) não somos santos, mas eles também não são. A gente espera que eles tomem providências”, completou o jogador.

O jogo

Em campo, o Galo garantiu a classificação para as quartas de final da Libertadores ao vencer o San Lorenzo pelo placar mínimo. Na próxima fase, o Atlético-MG pega o Fluminense, que avançou nos pênaltis contra o Grêmio. Por ter a melhor campanha na primeira fase, os mineiros fazem o jogo de volta em casa.