Olimpíadas: Rússia é banida de competições esportivas por 4 anos
Punição é da Agência Mundial Antidopagem, que acusa o país de manipular resultados entregues em janeiro deste ano ao órgão
atualizado
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A Agência Mundial Antidopagem (Wada) proibiu que o esporte russo participe dos principais eventos esportivos do planeta nos próximos quatro anos. A punição inclui os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, e a Copa do Mundo de futebol no Qatar, em 2022.
Na verdade, o país não pode participar, mas os atletas que conseguirem provar que estão “limpos” do escândalo do doping que tomou conta do país podem competir sob outra bandeira. A decisão foi tomada em Lausanne, na Suíça, de modo unânime.
A Wada decidiu que a Agência Antidopagem da Rússia (Rusada) não é compatível com os métodos internacionais. Mais do que isso, manipulou os resultados entregues à agência mundial em janeiro deste ano.
Os exames já eram uma exigência da Wada por causa do escândalo em 2018. Segundo investigações, o próprio Estado russo é suspeito de patrocinar o doping esportivo no país. A Rusada tem 21 dias para recorrer da decisão. O Tribunal de Arbitragem do Esporte (Cas) julgará o caso.
A punição se estende até 2032 para Jogos Olímpicos e Paralímpicos. No entanto, os atletas podem competir depois dos quatro anos de punição, mas o país não pode nem ter o direito de pedir para sediar um torneio desse tipo.
“Por muito tempo, o doping russo prejudicou o esporte limpo. A violação flagrante pelas autoridades russas das condições de restabelecimento de Rusada exigiu uma resposta robusta”, afirmou Craig Reedie, presidente da Wada.
Histórico
Não é a primeira punição russa. Em 2018, nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, 168 atletas daquele país tiveram que competir sob uma bandeira neutra. Desde 2015, a Rússia também está proibida de participar de torneiros internacionais de atletismo.
Um detalhe: o time russo de futebol (imagem em destaque) está apto a participar da Euro 2020, o principal torneio europeu de futebol entre seleções. Isso porque a Uefa, que cuida da modalidade no continente, não é considerada uma organizadora de grandes eventos, quando o assunto é violação antidoping.