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Rumo a Tóquio! Brasil confirma vaga olímpica no 4x400m misto

A pernambucana Érica de Sena terminou em quarto lugar com 1h33min56s, repetindo o resultado do Mundial de Londres, em 2017

atualizado

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Lintao Zhang/Getty Images
15th IAAF World Athletics Championships Beijing 2015 – Day Seven
1 de 1 15th IAAF World Athletics Championships Beijing 2015 – Day Seven - Foto: Lintao Zhang/Getty Images

O Brasil não conquistou qualquer medalha neste domingo (29/09/2019), o terceiro dia de disputas do Mundial de Atletismo, que está sendo realizado no Catar, mas teve um bom desempenho tanto no estádio Khalifa como nas ruas de Doha.

O revezamento 4×400 metros misto obteve a vaga olímpica para os Jogos de Tóquio-2020, Érica de Sena chegou perto do bronze nos 20km da marcha atlética ao terminar a prova na quarta colocação e Aldemir Junior se classificou às semifinais dos 200 metros.

Novidade nas Olimpíadas, o 4×400 metros misto já tem vários países classificados. Entre eles o Brasil, que depois de passar à final do Mundial no sábado com o tempo de 3min16s12, precisava ao menos terminar a decisão deste domingo para garantir a vaga. Representada por Lucas Carvalho, Tiffani Marinho, Geisa Coutinho e Alexander Russo, a equipe brasileira fez 3min16s22 e fechou a prova na oitava e última colocação.

“Nosso revezamento vem crescendo muito. As meninas novas estão com bons resultados. Tática a gente consegue com treinamentos. O objetivo era conquistar a vaga”, disse Geisa Coutinho, em entrevista ao SporTV. “Nós alcançamos o objetivo. A estratégia vai se manter. Tática certeira, com certeza vamos manter. Podemos melhorar”, frisou Alexander Russo.

O título do revezamento 4x400m misto ficou com os Estados Unidos, que triunfaram com o tempo de 3min09s34, novo recorde da prova. Completaram o pódio a Jamaica, prata com 3min11s78, e o Bahrein, bronze com 3min11s82. Além do Brasil e dos três países medalhistas, Grã-Bretanha, Polônia, Bélgica e Índia também garantiram vaga em Tóquio-2020.

Ainda no estádio Khalifa, Paulo André e Aldemir Júnior competiram nas eliminatórias dos 200 metros e apenas o segundo avançou às semifinais, depois de ficar em quarto na sua bateria com o tempo de 20s45, graças à desqualificação do jamaicano Andre Ewers, que invadiu uma raia vizinha em sua bateria. No salto triplo, Almir Junior disputou a final e terminou em 12º lugar, com 15,01 metros de marca. O campeão foi o norte-americano Christian Taylor, com 17,92 metros.

Já na madrugada de segunda-feira no Catar, Érica de Sena foi para a disputa dos 20km da marcha atlética e por apenas 19 segundos a medalha não veio. A brasileira chegou a liderar alguns quilômetros da prova e se manteve na briga pelo pódio até o final. Só não conseguiu evitar o domínio chinês.

A pernambucana terminou em quarto lugar com 1h33min56s, repetindo o resultado do Mundial de Londres, em 2017. Hong Liu, campeã olímpica, conquistou o bi mundial com 1h32min53s. As compatriotas Shenjie Qieyang e Liujing Yang completaram o pódio.

“Todos os anos essas chinesas, todos os anos. Eu não aguento mais (risos). A China tem uma tradição muito grande na marcha. Essa prova foi totalmente diferente do que eu poderia imaginar. Foi muito lenta. Estava todo mundo assustado com o clima. Na metade da prova, já me desesperei porque sabia que elas iam acelerar. Não dá para ir sozinha nessas provas. Então você tem que ir pela estratégia delas também. No final, é para quem morre menos. Eu estava me sentindo muito bem, mas depois começou a apertar, o corpo já não respondia. Você tenta continuar brigando, mas já não vai”, relatou Érica de Sena.

História
Ainda neste domingo, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce tornou-se a primeira tetracampeã mundial dos 100 metros e soma agora um total de 10 medalhas em Mundiais. Demonstrando estar em excelente forma, a atleta de 32 anos venceu a final com o tempo de 10s71. A prata ficou com a britânica Dina Asher-Smith, com 10s83. O pódio foi completado por Marie-Josée Ta Lou, da Costa do Marfim, com 10s90. Uma das favoritas ao ouro, a jamaicana Elaine Thompson ficou em quarto, com 10s93.

“Estou aqui escrevendo a mesma história novamente, só que agora tenho 32 anos e sou mãe. Eu não dormi na última noite de ansiedade. Em 2016 (nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro) também passei por isso. Apesar disso, eu estava muito forte mentalmente para a final de hoje (domingo). A caminhada foi muito difícil e só tenho a agradecer a todos que estiveram comigo até aqui”, comentou Shelly-Ann Fraser-Pryce.

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