Robinho multiplicou bens e colocou patrimônio em nome de parentes
Jogador preso por estupro possui patrimônio que inclui 20 imóveis e oito carros, alguns em nomes de parentes
atualizado
Compartilhar notícia
Condenado a 9 anos de prisão por participar de um estupro coletivo na Itália, em 2015, o ex-jogador Robinho está preso no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, desde o dia 21 de março. Segundo reportagem do Uol, ele multiplicou seu patrimônio ao longo da última década e colocou bens em nome de parentes.
De acordo com a publicação, o jogador — que acumulou em sua carreira passagens por grandes clubes do cenário mundial como Real Madrid, Manchester City e Milan — e a esposa possuem imóveis em Santos e na Baixada Santista, hoje avaliados em aproximadamente R$ 10 milhões.
Ao todo, ele e a família são proprietários de 20 imóveis e oito veículos, que estão em nome de Robinho, da esposa e do pai do ex-jogador. Nos últimos 10 anos, seis carros foram adquiridos e nenhum está registrado no nome dele. Juntos, os automóveis somam quase R$ 1 milhão.
De acordo com a reportagem do Uol, qualquer movimentação pode ser averiguada pelas autoridades, já que pode configurar suposta fraude, segundo os advogados ouvidos pela reportagem. Em um possível caso de exigência de pagamento de uma indenização, o valor em questão seria avaliado a partir do patrimônio total do ex-jogador, que estaria defasado por causa das alterações.
Procurada, a defesa de Robinho afirmou desconhecer o assunto.
Estupro coletivo
Robinho foi preso na última semana, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que ele deveria cumprir a pena no Brasil.
Ele foi condenado por estupro pela Justiça italiana. O crime ocorreu na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013, na Boate Sio Café, em Milão. Uma mulher albanesa, que estava no local festejando seu aniversário de 23 anos, denunciou o estupro coletivo, cometido por Robinho e outros cinco amigos.
Além do ex-jogador, seu colega Ricardo Falco foi condenado a 9 anos de prisão. Outros quatro amigos de Robinho saíram do país na época e não foram processados.