Por doping, maratonista que foi prata no Rio é suspensa por 4 anos
A competidora testou positivo para a substância eritropoietina, hormônio cuja utilização é proibida e serve para melhorar a resistência
atualizado
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Medalhista de prata da prova da maratona da Olimpíada do Rio-2016, Eunice Kirwa, do Bahrein, foi suspensa por quatro anos depois de ter sido reprovada em um exame antidoping. A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês) informou que a corredora está banida do atletismo até o dia 7 de maio de 2023.
Nascida no Quênia, mas defendendo as cores do Bahrein desde 2013 Kirwa não teve cassada a sua medalha dos Jogos Olímpicos do Rio pois o teste que flagrou uso de doping ocorreu depois do grande evento no Brasil. A competidora naturalizada bareinita testou positivo para a substância eritropoietina, conhecida como EPO, hormônio cuja utilização é proibida e serve para melhorar a resistência dos atletas. Por causa disso, a fundista teve os seus resultados obtidos entre 1º de maio e 7 de maio anulados.
No mês passado, a AIU já havia confirmado que Kirwa havia violado as regras antidoping da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês). Naquela ocasião, ela havia sido suspensa de forma provisória. Agora, porém, foi revelado que ela levou esta pena de quatro anos e está proibida de participar de qualquer competição no atletismo no período, em punição que começou a vigorar no dia 7 do mês passado. No dia 20 de maio de 2023, a atleta completará 39 anos.
E essa suspensão foi a segunda notícia negativa envolvendo uma competidora que figurou no pódio da maratona feminina dos Jogos Olímpicos do Rio. Antes de ela ser flagrada em teste com esta substância proibida, a medalhista de ouro da prova, a queniana Jemima Sumgong, foi suspensa inicialmente por quatro anos pela agência antidoping do seu país em 2017, então quando um exame também apontou que ela fez uso da substância EPO.
E a punição da atleta do Quênia depois foi dobrada para oito anos pela AIU após a IAAF considerar a competidora culpada da acusação de ter fornecido informações falsas enquanto se defendia da sanção aplicada inicialmente. Apesar disso, a atleta também não teve cassada a sua medalha de ouro no Rio-2016, pois o teste que flagrou a utilização de doping ocorreu em abril de 2017.
O irmão mais novo de Eunice Kirwa, o maratonista Felix Kirwa, também foi punido neste mês por uso de doping. O queniano recebeu uma sanção de nove meses por ter testado positivo para estricnina, definida como um estimulante na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping. A estricnina é um alcaloide altamente tóxico, normalmente usado como pesticida para matar roedores, mas que é qualificado como um estimulante por atuar no sistema nervoso central.