Peritos em julgamento de Daniel Alves: “Não encontramos lesão vaginal”
Peritos dizem que o fato de não ter sido encontrada lesão vaginal não significa que não houve agressão contra jovem que denuncia jogador
atualizado
Compartilhar notícia
O terceiro dia de julgamento do jogador brasileiro Daniel Alves teve início nesta quarta-feira (7/2) com o depoimento de peritos forenses envolvidos no caso. O jogador responde à acusação de estupro contra uma jovem espanhola de 24 anos no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha. O depoimento de Daniel Alves está marcado para acontecer ao final desta quarta.
Os médicos que atenderam a vítima após a suposta agressão sexual detalharam o quadro de saúde da denunciante e lesões encontradas durante o exame de corpo de delito.
“Nesse caso, não encontramos nenhuma lesão vaginal, mas não podemos dizer que não tenha nenhuma agressão”, afirmou um dos médicos em seu depoimento.
Os profissionais também falaram sobre a existência de lesões no joelho da vítima e sobre o quadro psicológico da mulher agredida, que ratificou a existência de uma quadro de estresse pós-traumático na denunciante.
“Uma série de sintomas desencadeados podem ser vistos na entrevista e apontam que ela tinha uma situação pós-traumática. Ela teve um rompimento, choque e impacto e muitos aspectos da vida e daquela pessoa estão desfigurados. E não tivemos nenhuma indicação de que a pessoa estivesse exagerando ou fingindo”, acrescentou a perita.
Em segundo depoimento de outro perito envolvido no caso, a falta de lesão vaginal na vítima foi reforçada e a versão da denunciante foi questionada.
“Não foi observada nenhuma lesão” na região da uretra, o que não corresponde ao relato da denunciante, o que me faz pensar que coito não foi tão traumático”, afirmou o segundo perito a testemunhar.
Este é o último dia de audiência que foi previsto pela Corte, mas a Justiça avalia estender o julgamento caso seja necessário.