Patinadora que primeiro denunciou ex-campeão dos EUA morre aos 32 anos
Pais de Bridget Namiotka contaram em entrevista que a esportista morreu em 25 de julho, após luta contra vícios e traumas pelos abusos
atualizado
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Mais um capítulo das denúncias por abusos sexuais no mundo do esporte, nos EUA, ficou conhecido. No dia 25 de julho, a campeã de patinação artística Bridget Namiotka morreu, aos 32 anos. Somente na sexta-feira (7/10), porém, os pais da atleta falaram sobre o assunto. Namiotka foi a primeira pessoa a acusar o bicampeão norte-americano John Coughlin de abuso sexual. Ele se suicidou aos 33 anos, em 18 de janeiro de 2019.
De acordo com Steve e Maureen, pais de Namiotka, ela faleceu após vários anos de luta contra vícios e o trauma de ter sido abusada. “Ela era uma criança linda e uma atleta maravilhosa, e estamos com o coração partido. É nossa esperança que a morte de Bridget traga nova atenção aos terríveis efeitos do abuso sexual e do vício em nossa sociedade”, afirmaram ao site USA Today Sports.
A denúncia de Namiotka veio em 19 de maio de 2019, em um post de Facebook, ou seja, pouco depois do suicídio de Coughlin. “Sinto muito, mas John machucou pelo menos 10 pessoas, incluindo eu. Ele abusou sexualmente de mim por 2 anos”, escreveu. “Aconteceu comigo, e ele machucou muitas garotas. Pense nas vítimas”, publicou ela em posts seguintes.
Os dois competiram como par na patinação artística de 2004 a 2007. À época, ela tinha entre 14 e 17 anos, e ele entre 18 e 21. Juntos, venceram três medalhas na série Junior Grand Prix e terminaram em nono no nível olímpico do país.
Coughlin se enforcou na casa de seu pai, em Kansas City, um dia depois de receber uma suspensão provisória do Centro de SafeSport dos EUA. Havia três denúncias oficiais contra ele, todas por má conduta sexual. Com a morte dele, a investigação foi encerrada. Duas semanas antes, o patinador negou as acusações de abuso.