Olimpíadas de Inverno: veja os destaques e polêmicas da competição
Jogos do Inverno se encerraram no domingo (20/1) e contaram com drama na Rússia e histórias emocionantes
atualizado
Compartilhar notícia
As Olimpíadas de Inverno de 2022, que aconteceram em Pequim, na China, se encerraram nesse domingo (20/2). A competição durou 17 dias e acumulou histórias emocionantes de superação, ao mesmo tempo em que tentava controlar mais uma polêmica da Rússia.
Neve no Brasil?
Apesar de não ter ganhado nenhuma medalha, os 11 atletas brasileiros, que participaram dessa edição, fizeram grandes conquistas.
Nicole Silveira é exemplo disso: a primeira brasileira a competir no skeleton nos Jogos, se tornou a responsável pelo melhor resultado do esporte na América Latina e do Brasil nos esportes de gelo.
Além disso, a 13ª colocação da gaúcha foi o segundo melhor resultado brasileiro na história das Olimpíadas de Inverno, ficando atrás apenas de Isabel Clark, que alcançou a 9ª posição no snowboard em Turim, no ano de 2006.
Jaqueline Mourão foi outra brasileira que fez história: a atleta bateu o recorde de participação nas Olimpíadas no Brasil, com oito Jogos no currículo, ultrapassando Robert Scheidt, da vela; Formiga, do futebol; e Rodrigo Pessoa, do hipismo. Ela ainda pretende continuar na próxima edição, quando estará com 50 anos.
O drama russo
A Rússia reviveu uma nova polêmica durante as Olimpíadas. A atleta Kamila Valieva, de 15 anos, testou positivo no controle de doping no final de dezembro, antes dos Jogos Olímpicos, e desencadeou novos dramas para o país.
A patinadora artística chegou a ser suspensa da competição, mas foi liberada logo em seguida para continuar em Pequim. A adolescente é uma das atletas mais jovens a enfrentar uma acusação de doping durante as Olimpíadas.
Valieva era colocada como grande expectativa de medalha para o país na prova feminina individual, principalmente depois de terminar o programa curto em 1º lugar. Entretanto, caso ela alcançasse o feito, o pódio da patinação artística feminina não aconteceria devido ao escândalo.
Kamila acabou caindo na última prova e perdeu sua chance de medalha. Mesmo assim, a Rússia subiu nos dois lugares mais altos. Felicidade? Pelo contrário: a segunda colocada, Alexandra Trusova, ousou ao fazer cinco saltos quádruplos e ficou descontrolada quando não conseguiu o ouro, sendo flagrada chorando e se irritando com repórteres.
Acidentes
Com esportes arriscados, os Jogos de Inverno não conseguiram fugir dos acidentes. Alguns deles, inclusive, impediram que atletas continuassem na competição.
A competição já começou com Corinne Stoddard, atleta americana de patins de velocidade, quebrando o nariz nas eliminatórias. Apesar da dor e do susto, a patinadora foi liberada para continuar competindo.
O suíço Yannick Chabloz foi o protagonista de um dos momentos mais tensos das Olimpíadas: enquanto fazia sua primeira descida no esqui alpino, o atleta perdeu o controle em uma das curvas e se chocou contra as redes de proteção. A prova ficou 15 minutos paralisada até o esquiador ser retirado do local, com uma fratura no antebraço esquerdo.
Já a chinesa Rong Ge levou um susto ao final de sua apresentação no snowboard. Durante a categoria Big Air, depois de concluir uma acrobacia, Ge não conseguiu frear e acabou batendo na barreira de proteção. Apesar de ser um acidente visualmente assustador, a atleta se levantou rindo e garantiu uma boa nota e a vaga na final.
O último caso foi do finlandês Jon Sallinen, que atingiu um cinegrafista enquanto executava uma das manobra nas classificatórias do halfpipe de esqui estilo e sofreu uma queda feia. Além disso, ainda derrubou a câmera de transmissão da prova e não conseguiu vaga na final.
Uma boa história para contar
Como um bom evento olímpico, os Jogos de Inverno não poderiam deixar de trazer histórias inesquecíveis de conquista e superação.
A holandesa Ireen Wüst quebrou o recorde olímpico dos 1.500 metros feminino de patinação de velocidade e conquistou o tricampeonato na prova, a sexta medalha de ouro dela em Olimpíadas de Inverno em cinco edições diferentes. Wüst se tornou a única no mundo, incluindo em esportes de verão, a alcançar o feito em provas individuais.
Chloe Kim, atleta americana de snowboard, também entrou para a história ao se tornar a primeira mulher a conquistar dois ouros na modalidade halfpipe em Olímpiadas de Inverno. A jovem de 21 anos era a favorita da prova.
Os Jogos Olímpicos de Pequim 2022 também contaram com o patinador Timothy LeDuc, que cravou seu nome na história olímpica ao se tornou o primeiro atleta publicamente não-binário a competir nos Jogos de Inverno.
O atleta estadunidense Colby Stevenson protagonizou uma emocionante história de superação: ele conquistou a medalha de prata no Big Air do esqui estilo livre quase seis anos depois de um acidente grave que sofreu e o deixou em coma por alguns dias.
Matt Hamilton, conhecido pelo bigode e tênis coloridos nas outras edições, surpreendeu os fãs ao competir com o cabelo comprido. A intenção foi usar a curiosidade dos espectadores sobre o cabelo para falar sobre sua parceria com a StacheStrong (Força do Bigode, em tradução livre), organização sem fins lucrativos que angaria fundos e recursos para pesquisas sobre o câncer cerebral.
Hamilton arrecadou mais de US$ 6 mil para a causa durante as Olimpíadas de Inverno de 2022 e, além do dinheiro doado, o atleta ainda irá cortar as madeixas para doar a uma instituição que produz perucas para crianças com câncer.
O americano Leif Nordgren, que representou o país nas provas de biatlo nos Jogos de Inverno, assistiu sua esposa dar à luz seu primeiro filho por uma videochamada, um dia antes de sua primeira corrida na competição.
Quer ficar por dentro de tudo que rola no mundo dos esportes e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesesportes