Olimpíadas 2024: Kelvin Hoefler desafaba após sexto lugar
Para o brasileiro, o formato do skate street nas Olimpíadas permite erros e favorece a nova geração
atualizado
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O skatista Kelvin Hoefler detonou o skate nas Olimpíadas de Paris e a crítica sobrou até para a nova geração do esporte. O brasileiro afirmou que o formato permite erros, favorecendo assim a geração mais nova que tem menos repertório de manobras na competição.
“É fato que o pessoal erra, erra e erra, e ganha. Acertam duas e ganham. Então, para um público mais leigo e para mim também, que vejo a galera errando e errando e vencendo, tem que ser mais legal para o público”, afirmou o skatista.
“Com essa nova geração é difícil, né. Uma pista muito pequena, que a galera consegue tentar bastante coisa, ter mais qualidade, mais técnica. A nova geração é essa daí. Bem difícil de acompanhar. Consegui acertar minhas manobras, por milésimos, muito pouco. Tóquio foi diferente, a pista era grande, formato diferente. Tóquio eram quatro notas totais, aqui eram três, tirando uma da volta. Aí você tem cinco tentativas, para acertar duas. Então, a margem de erro é muito maior do que em Tóquio. Eu, sinceramente, particularmente, acredito que o pessoal tem que mudar o formato para os próximos Jogos Olímpicos para ser mais divertido”, declarou Kelvin.
Vai para Los Angeles?
Além disso, por conta do ciclo desgastante, Kelvin declarou que não sabe se vai para a próxima Olimpíada, que será disputada em Los Angeles em 2028. O skatista afirmou que está cansado e que precisa de férias para se recuperar.
“Eu não aguento mais. Preciso de férias. Estou cansado. Ando de skate há uns 23 anos. Nunca tive, velho. Preciso de férias, descansar. Essa corrida olímpica foi bem difícil. Tivemos competição há dois, um mês atrás. E de um alto nível muito difícil. A gente não sabia que viria pra cá (Paris). Tivemos que vir nessa correria. Não sabia que eu iria classificar, e não sei se vou para Los Angeles, porque estou bem cansado. É estressante pra caramba. É difícil manter o alto nível”, disse.
Nas Olímpiadas de Paris, Kelvin terminou na sexta colocação, passando longe de repetir o feito de Tóquio, quando conquistou a prata olímpica. O ouro foi conquistado pelo japonês Yuto Horigome, seguido pelos americanos Jagger Eaton, que levou a prata, e Nyjah Huston, bronze.