Discussão com gritos e dedo na cara antecedeu expulsão de nadadora
Nadadora Ana Carolina Vieira foi expulsa das Olimpíadas neste domingo. Ela deixou a Vila Olímpica sem autorização e discutiu com comissão
atualizado
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A expulsão da nadadora Ana Carolina Vieira (foto em destaque) das Olimpíadas de Paris, anunciada neste domingo (28/7) pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ocorreu depois de uma ríspida discussão dela com a comissão técnica de natação.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o motivo da briga teria sido a decisão de retirar a nadadora Maria Fernanda Costa, a Mafê, da equipe que disputaria o revezamento 4 x 200 m livre feminino. A comissão determinou que Mafê Costa se dedicasse a suas provas individuais, onde a chance de medalha seria maior.
De acordo com a Folha, profissionais que acompanham a rotina na Vila Olímpica disseram que, ao saber da decisão, Ana Carolina se revoltou e discutiu de forma ríspida, “com gritos e dedo na cara”. A atleta teria ficado inconformada com a perda da colega mais competitiva da equipe no revezamento.
Ana Carolina foi expulsa dos jogos neste domingo. Segundo o COB, ela e o namorado, o nadador Gabriel Santos, deixaram a Vila Olímpica sem autorização durante a noite da última sexta-feira (26/7), dia da cerimônia de abertura das Olimpíadas. Os dois foram até a Torre Eiffel, tiraram fotos e publicaram as imagens nas redes sociais. Gabriel foi advertido e permaneceu na equipe olímpica de natação.
“Além desse fato, a atleta Ana Carolina, de forma desrespeitosa e agressiva, contestou decisão técnica tomada pela comissão da seleção brasileira de natação”, diz o comunicado divulgado pelo COB neste domingo.
Em coletiva de imprensa, o chefe da natação do Brasil em Paris, Gustavo Otsuka, disse que descobriu que os atletas haviam deixado a Vila justamente pelas postagens que Ana Carolina fez em seu perfil numa rede social, algo “não condizente com a missão em Paris”, destacou.
“A gente não está aqui brincando nem tirando férias. Estamos aqui trabalhando, e trabalhando pelo Brasil. A gente não pode brincar aqui. Quando acabarmos a nossa missão, é uma outra história, mas enquanto estivermos aqui, devemos focar”, afirmou.
Otsuka explicou que todos os atletas devem cumprir um código de conduta, respeitando horários de entrada e saída, que podem variar a cada dia, e precisam de uma autorização prévia para deixar a Vila Olímpica, “por questões de segurança”.