Destaque da Itália no vôlei correu risco de ficar fora das Olimpíadas
Por problemas de relacionamento com a federação e racismo, Paola Egonu, melhor jogadora italiana no vôlei, quase foi ausência em Paris
atualizado
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A Itália atropelou os Estados Unidos na final do vôlei feminino por 3 sets a 0 e garantiu o inédito ouro nas Olimpíadas de Paris. O caminho até a glória passa pelas mãos de Paola Egonu, destaque da seleção europeia.
Nome fundamental para as conquistas do bicampeonato da Liga das Nações (2022 e 2024) e de medalhas como a prata e o bronze nos Mundiais de 2018 e 2022, Egonu quase foi ausência nos jogos de Paris. Fora do pré-olímpico em 2023, a federação italiana havia informado que a atleta não foi convocado por “comum acordo”, mas eram certos os problemas pessoais com o então técnico Davide Mazzanti.
Além disso, Paola Egonu sempre cobrou posicionamento da federação italiana na luta contra o racismo. A oposta frequentemente era alvo de críticas e comentários preconceituosos, já chegando a declara, em 2022, que não vestiaria mais a camisa da seleçao.
“É sempre uma honra vestir a camisa Azzurra, mas adoraria ter um verão livre para descansar como pessoa. Não quero tirar nenhum mérito ou desrespeitar minhas companheiras, mas toda vez o alvo (de críticas) sou eu. Mentalmente, cheguei ao ponto em que gostaria de ter um verão livre. Há pessoas que me perguntam se sou italiana… Eu me pergunto por que tenho que representar essas pessoas. Coloco minha alma nisso, meu coração. Acima de tudo, não desrespeito ninguém, então dói”, declarou Egonu após a conquista da medalha de bronze no Mundial de 2022.
Paolo Egonu foi eleita a melhor jogadora do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. Além disso, a atleta foi o grande nome da final, marcando 22 pontos e sendo a maior pontuadora da partida.