NFL se posiciona contra discurso preconceituoso de Harrison Butker
Harrison Butker sugeriu que mulheres são mais felizes com o papel de mãe do que na carreira profissional e ainda atacou comunidade LGBTQIA+
atualizado
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A National Football League (NFL) toma distância dos comentários polêmicos feitos pelo jogador Harrison Butker, do Kansas City Chiefs, durante um discurso de formatura. Além de dizer que o mês dedicado ao orgulho LGBTQIA+ é um pecado mortal, suas falas repudiaram iniciativas de diversidade, equidade e ainda praticaram misoginia ao reduzir mulheres apenas ao matrimônio e ao papel de mãe.
O discurso feito por Butker no último sábado (11/5), para formandos do Benedictine College, escola católica em Atchison, Kansas, reverbera mesmo depois de uma semana. A NFL emitiu um comunicado na quarta-feira (15/5), dizendo que os comentários de Butker não refletem as opiniões da liga.
“Harrison Butker fez um discurso a título pessoal. Suas opiniões não são as da NFL como organização. A NFL está firme em nosso compromisso com a inclusão, o que só torna nossa liga mais forte”, destaca nota da liga de futebol americano para distanciar-se da polêmica.
Já a instituição onde Butker realizou o discurso enfatiza que as palavras do atleta não representam o Benedictine College. O Kansas City Chiefs, clube que o jogador defende ainda avalia como se posicionar sobre o ocorrido.
O que Butker disse?
Diante de uma multidão de cerca de 485 homens e mulheres graduados, o atleta sugeriu que a maioria das mulheres está mais entusiasmada com o seu casamento e com os filhos que trarão a este mundo do que em ter uma profissão ou lutar por direitos.
“Minha esposa Isabelle seria a primeira a dizer que sua vida realmente começou quando ela começou a viver sua vocação como esposa e como mãe”, destacou o jogador durante o discurso.