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Nadadora é desclassificada de prova nos EUA por maiô “mostrar demais”

Suspeita-se de sexismo e até de racismo na decisão da arbitragem. Decisão foi posteriormente revista por associação de desporto escolar

atualizado

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Dimond High School
1 de 1 Dimond High School - Foto: Google Maps/Reprodução

Um caso chamou a atenção em uma competição de natação escolar no Alaska (EUA). Uma nadadora adolescente venceu a prova das 100m nado livre. Pronta para comemorar fora da piscina, Breckynn Willis, da Dimond High School, recebeu a notícia de que fora desclassificada. O motivo? Seu maiô deixava parte das nádegas aparentes, o que motivou a decisão da arbitragem.

A desclassificação gerou um intenso debate na comunidade local. A atleta foi apontada até mesmo como vítima de racismo por parte dos árbitros. O sexismo também foi apontado como motivo para a desclassificação.

“Todas as garotas estão usando maiôs com o mesmo corte que o dela. A única que foi desqualificada foi a negra, que tem formas mais arredondadas”, disparou Lauren Langford, técnica de outra escola que estava na disputa, em entrevista ao jornal The Washington Post.

O maiô que se tornou centro da polêmica se quer foi escolhido pela atleta, sendo entregue pela própria escola. Uma das árbitras da competição, Annette Rohde, contou ao jornal Anchorage Daily News que outra oficial afirmou que a parte de baixo da peça “era tão curta que uma nádega tocava a outra”.

“Isso vai explodir”, revelou Rohde, que disse ter congelado ao ouvir a afirmação da colega. Ela ainda garantiu ter confrontado a outra profissional sobre a fala.

O caso ganhou repercussão quando grandes nomes do esporte se envolveram na história. A ex-tenista Billie Jean King, um dos maiores expoentes dos direitos das mulheres no esporte, quando chegou a enfrentar o tenista Bobby Riggs em uma partida amistosa, vociferou contra a desqualificação de Willis.

“O constante policiamento dos corpos das mulheres é ofensivo, sexista e errado. Isso precisa parar”, disse, em post no Twitter.

Problemas anteriores
Willis é parte de uma família de nadadores. A irmã mais velha dela, Dreamer Kowatch, também teve questões justamente com a mesma árbitra, envolvendo o maiô que ela usaria em uma prova. A informação foi divulgada pela mãe das atletas, em uma entrevista à KTUU, espécie de afiliada da rede NBC, nos Estados Unidos. Kowatch, porém, não chegou a ser punida. 

Diante de toda a atenção atraída pelo caso, a Alaska School Activities Association reverteu a decisão e manteve a vitória nas mãos de Breckynn Willis.

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