“LGBT é doença e feminismo é inútil”, diz ex-CEO do rúgbi brasileiro
Eric Romano foi afastado do cargo menos de 12 horas após ter assumido devido a falas machistas, homofóbicas e gordofóbicas
atualizado
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Foi rápida a passagem de Eric Romano como CEO da Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu). Menos de 12 horas depois de ter assumido o cargo, falas machistas, homofóbicas e gordofóbicas postadas por ele nas redes sociais vieram à tona e ele se viu pressionado a sair.
Depois de reportagem publicada pelo Olhar Olímpico, do Uol, Romano chegou a pedir desculpas “a quem tiver se sentido ofendido”. Horas depois, ele pediu demissão.
“O feminismo é um mal a ser combatido. Mulheres e crianças são instrumentalizadas, tornando-se depressivas e frustradas. Homens fracos se tornam emaculado (sic) se perdem sua função na sociedade. A família se desfaz e a sociedade vira um caos”, escreveu ele em um stories no Instagram.
Romano chegou a deletar sua conta, mas a reativou nesta terça (22/9) para pedir desculpas.
Em outra postagem, desta vez no Facebook, ele publicou um gráfico comparando o peso de uma mulher com a “chance de ser feminista”. “Bom dia, amigos. Estou concluindo meu TCC e preciso de uma ajuda para embasar minha tese. Gostaria de saber o peso das pessoas que não gostaram do post”, escreveu.
Ao Olhar Olímpico, a CBRu respondeu que Romano foi contratado pela sua “capacidade e potencial”. Ao tomar conhecimento dos posts,ele foi questionado. “Eric desculpou-se publicamente por condutas do passado, asseverou e garantiu não ter qualquer viés homofóbico, machista ou de qualquer outra forma preconceituoso ou de segregação, e afirmou ter aprendido, no rúgbi e pelo amadurecimento, que o respeito à igualdade é inegociável”, afirmou a entidade.