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Juiz brasileiro do judô em Paris analisa polêmicas nas Olimpíadas

O brasileiro André Mariano estava em Paris e questionou a intervenção do VAR nas lutas e decidiu se tornar arbitro de vídeo no judô

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Imagem colorida de árbitro André Mariano do Brasil do Judô - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de árbitro André Mariano do Brasil do Judô - Metrópoles - Foto: Emanuele di Feliciantonio/IJF

Pela primeira vez no Brasil, um árbitro de tatame no judô faz o movimento de se tornar supervisor de arbitragem. André Mariano está no VAR das lutas, cuja principal tarefa é avaliar lances de lutas com o auxílio do vídeo, desde o início de setembro deste ano.

“Passei muitos anos no tatame, e sei o quanto é difícil manter a calma. O estresse é muito grande, e os árbitros no tatame estão focados nas lutas. É importante que eles não sejam ‘caçadores de punições’, mas sim que apliquem as regras corretamente. As penalidades são uma parte fundamental do jogo” afirma Mariano em entrevista ao Metrópoles.

Mariano esteve nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas ainda como árbitro de tatame. Ele concorda que, no evento, houve uma intervenção exacerbada do VAR nas lutas. Segundo o juiz, eles perceberam alguns erros, mas a decisão final é dos superiores.

“Um exemplo foi o caso da Rafaela Silva. O juiz deveria ter iniciado a contagem pela técnica dela, mas não o fez. Na época, eu ainda não era supervisor, era apenas minha opinião. Talvez, como supervisor, eu tivesse uma visão diferente, já que isso requer um estudo profundo do judô”, afirma Mariano.

A arbitragem deixou de abrir a contagem e Rafaela sofreu um contragolpe que a levou para a disputa do bronze do individual na categoria até 57kg. Ela recebeu uma punição por falta de competitividade na prorrogação da disputa pelo terceiro lugar, o que tirou a chance de pódio da brasileira.

Mariano já realizou sua estreia no VAR do judô durante o Grand Prix de Zagreb, na Croácia. Ele conta que teve boa performance e a atribui por antes ter sido juiz no tatame. A maioria dos supervisores de vídeo não chegou a monitorar uma luta de perto no tatame.

“Sempre quis entender melhor essas situações e, enquanto ainda era árbitro de tatame, comecei a estudar para atuar como supervisor. Minha jornada até aqui contou com o apoio da minha federação local, do sensei Luiz Gonzaga Filho, e da Federação Internacional de Judô. Agradeço também a Silvio Acácio Borges e Edson Minakawa por todo o suporte”, diz Mariano.

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