Rafaela Silva se explica sobre doping: “Brincadeira de criança”
Segundo a atleta, ela teria ingerido a substância fenoterol ao brincar com a filha de uma companheira de treino
atualizado
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A judoca campeã mundial, pan-americana e olímpica Rafaela Silva foi flagrada em exame antidoping com a substância fenoterol, utilizada no dia a dia para o tratamento de doenças respiratórias pelo seu efeito broncodilatador. A informação foi publicada inicialmente pelo Globoesporte.com.
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (20/09/2019), a atleta de 27 anos deu explicações sobre o ocorrido. Ela afirmou que não sofre de asma e que a substância entrou em seu corpo por meio do contato com a bebê de uma amiga e parceira de treino no Instituto Reação. Segundo a Rafaela, a criança de Flávia Rodrigues tem a doença e faz uso da medicação.
“Eu tenho o costume de brincar dando o nariz para a criança ficar chupando, como se fosse uma chupeta ou mamadeira. O que pode ter acontecido é que, conforme ela ia chupando o meu nariz, eu ia inalando a substância e mandando para o meu corpo”, disse.
Caso seja suspensa, a punição pode chegar a dois anos e tirá-la da disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Rafaela conquistou semanas atrás a medalha de ouro no Pan de Lima, no Peru, e, no fim de agosto, levou o bronze no Mundial da modalidade no Japão. Ainda não há informação se essas conquistas serão invalidadas nem em qual competição ela teve resultado positivo para o uso alguma substância proibida.
A atleta participou de duas edições dos Jogos Olímpicos. No Rio, ela foi ouro e está cotada para repetir a conquista no próximo ano, no Japão. Para se defender do teste positivo para doping, Rafaela Silva terá como advogado Bichara Neto, que já atuou em casos semelhantes, como os do nadador Gabriel Santos e da tenista Beatriz Haddad Maia.