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Judoca de 19 anos leva ouro e ganha a 1ª medalha do Brasil no Parapan

Em meio à disputa da Libertadores, time alternativo do tricolor gaúcho dá conta do recado e conquista triunfo que dá respiro ao time

atualizado

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Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB
Jogos Paramericanos Lima 2019
1 de 1 Jogos Paramericanos Lima 2019 - Foto: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB

A primeira medalha do Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Lima saiu neste sábado (24/08/2019) e foi logo de ouro com a judoca Giulia Pereira na categoria até 52kg. Ela, de apenas 19 anos, venceu suas quatro lutas do dia e conquistou o primeiro lugar.

O último combate foi o mais complicado. Giulia encontrou dificuldades contra a argentina Paula Gomez. A brasileira saiu na frente com um shido, mas permitiu o empate a seis segundos do fim. No Golden Score, Giulia conseguiu um wazari e garantiu o ouro.

“Foi uma luta bem difícil, mas deu tudo certo”, disse em entrevista ao Estado. “Sentimento é muito bom. Lutei em uma categoria acima, mas não mudou nada. Vim muito confiante, com uma estratégia muito boa e focada. Meu sentimento é de dever cumprido”, comemorou a brasileira.

Giulia de fato não sentiu o impacto por mudar de peso – de até 48kg para até 52kg. As três primeiras lutas ela venceu por ippon. Na estreia, derrotou a compatriota Karla Cardoso. Depois, passou pela canadense Priscilla Gagne e na sequência pela argentina Dure Ledesma.

A judoca é uma das atletas mais jovens da delegação. Ela completará 20 anos em outubro. Nos últimos dias procurou conversar com judocas mais experiências como Alana Maldonado e Lúcia Araújo, ambas medalha de prata nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016.

“Elas me inspiram muito. Ontem eu e a Lúcia estávamos conversando. Ela me passou confiança, muita tranquilidade. Tranquilidade e toda a experiência da carreira”, disse.

Apesar da pouca idade, Giulia já tem outras medalhas guardadas em casa. Ela foi prata no Campeonato das Américas de 2017 e outra prata no Parapan de Jovens, também em 2017, em São Paulo. Natural do Guarujá, no litoral paulista, ela nasceu prematura de cinco meses e com baixa visão. “Tinha 30% mas com o tempo foi diminuindo. Hoje tenho aproximadamente de 8% a 10%”, contou. O problema a fez recentemente mudar também de classe, da B2 para a B1. Mas também não alterou seu desempenho.

A meta agora é garantir um lugar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. “Estamos bem preparados para isso. Esse ouro mostra que a gente está no caminho certo e têm total condições em Tóquio. Espero chegar lá não digo nem 100%, que é pouco. Vamos com 200% para os Jogos no Japão”, projetou.

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