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Seleção faz primeiro treino em Brasília na tarde desta segunda-feira

Com a chegada do goleiro Weverton no início da manhã, equipe olímpica está completa. Treino será fechado ao público. Time estreia na quinta (4/8), no Mané Garrincha, contra a África do Sul

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Lucas Figueiredo/MowaPress
Descrição: Goleiro Weverton se apresenta na Seleção Olímpica e participa de entrevista coletiva. Lucas Figueiredo/MowaPress
1 de 1 Descrição: Goleiro Weverton se apresenta na Seleção Olímpica e participa de entrevista coletiva. Lucas Figueiredo/MowaPress - Foto: Lucas Figueiredo/MowaPress

Com a chegada do Weverton, do Atlético Paranaense, que desembarcou em Brasília no início da manhã desta segunda-feira (1/8), a seleção brasileira de futebol está completa e faz, às 15h30, o primeiro treino para a estreia nos Jogos Olímpicos, quinta-feira (4), no Mané Garrincha, contra a África do Sul. “Se o Micale quiser me usar eu estarei à disposição, com certeza. Liderança eu tenho, sou capitão do meu time e ano passado fui o goleiro que mais peguei pênalti no Campeonato Brasileiro”, disse o arqueiro logo após a sua chegada.

Apesar do discurso seguro e otimista, o goleiro – que foi convocado às pressas para substituir Fernando Prass, contundido – contou que não esperava mais pela oportunidade. Segundo ele, estava no avião quando a boa notícia chegou. “Quando soube mandei uma mensagem para o grupo da família pedindo para preparar o banquete que ia ter festa”.

Natural do Acre, Weverton comentou as dificuldades que um goleiro fora do eixo Rio-São Paulo tem de aparecer para o resto do país: “Nunca imaginei que poderia estar aqui nesse momento. É muito difícil e hoje quando olho para trás me sinto orgulhoso de estar aqui. Ainda tem muita coisa para conquistar, mas estou muito feliz de ter chegado até aqui”.

Inspirações
Perguntado sobre em quem se inspirou para chegar até aqui, Weverton relembrou os goleiros Dida e Marcos, apesar de ser bem melhor com os pés do que eles. “Tem um goleiro também que eu admirava né, e é referência no país, que sempre foi o Rogério Ceni. Ele sabia jogar bem com os pés”.

Nesta tarde, a seleção fará o primeiro treino na cidade. Às 15h30, Weverton se juntará ao restante do grupo no Centro de Treinamentos do Corpo de Bombeiros. A expectativa é que um pequeno grupo de torcedores esteja presente, já que o brasiliense ainda não se animou com a disputa dos jogos na cidade. O treino será fechado para o público.

“A gente sabe da realidade do torcedor brasileiro, que o momento é difícil. Mas ganhando o jogo, fazendo merecer essa confiança, isso vai melhorar. É normal essa frieza do torcedor. Porém, com o passar dos jogos a gente sabe que o torcedor vai jogar junto e nos apoiar”, espera o goleiro.

Até que o apoio apareça, o jeito é continuar confiando no grupo. “A gente tem que pensar dessa forma, todo mundo é solução para o problema que é ganhar essa medalha. Vejo um grupo muito forte, que quer fazer história e sabe onde quer chegar”, afirma.

Entre os poucos torcedores na porta do hotel em que a seleção está hospedada, no Setor Hoteleiro Norte (SHN), estava o motorista Antônio Domingos, 38 anos. “Ah, depois daquela decepção da Copa do Mundo e esse país corrupto aí ninguém fica mais animado com isso não. Eu só estou de curioso mesmo. Apoio não tem não”, disse.

“Só vim tentar encontrar alguém por aqui mesmo. Qualquer jogador que aparecer aqui a gente fica feliz”, destacou Wanderson Soares, 24 anos, garçom.

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