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Phelps conta que, no fundo do poço, chegou a pensar em suicídio

“Eu era um trem desgovernado. Uma bomba-relógio prestes a explodir. Eu não tinha autoestima. Houve momentos em que eu não queria estar aqui”, declara o nadador

atualizado

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Eric Gay / Associated Press
1 de 1 - Foto: Eric Gay / Associated Press

Quem conhece a carreira de Michael Phelps não pode sequer imaginar que o nadador já enfrentou um quadro severo de depressão, chegando a cogitar o suicídio. Foi após atingir a marca de 18 medalhas de ouro nas Olimpíadas de Londres que o atleta norte-americano se perdeu. Cansado de competir, ele abandonou o esporte e perdeu o rumo. Chegou “ao fundo do poço”.

“Eu era um trem desgovernado”, diz, emocionado, em entrevista ao canal norte-americano ESPN. “Eu era como uma bomba-relógio prestes a explodir. Eu não tinha autoestima. Houve momentos em que eu não queria estar aqui. Aquilo não era bom. Eu me sentia perdido”, declara.

O pico do quadro depressivo de Phelps aconteceu em setembro de 2014, quando o atleta foi preso por dirigir embriagado pela segunda vez em 10 anos. “Pensei que era, literalmente, o fim da minha vida. Quantas vezes fiz besteira? Talvez o mundo fosse melhor sem mim”.

Ray Lewis, estrela da NFL e amigo de longa data de Phelps, foi quem ajudou a lenda da natação a se recuperar. “Eu falei para ele: este é o momento em que lutamos. É o momento em que nosso verdadeiro caráter se mostra. Não desista. Se você desistir, todos nós perdemos”. Lewis, então, indicou uma clínica de reabilitação comportamental para o amigo, onde Phelps passou 45 dias.

Zona de conforto
“Eu senti medo lá. Estava fora da minha zona de conforto, e não gostei disso”, afirma o atleta. Mas foi dentro da clínica, ao ler o livro “Uma Vida com Propósitos”, escrito pelo pastor Rick Warren, que o nadador encontrou uma saída para a crise existencial. “O livro me fez acreditar que há um poder maior do que eu mesmo. E que há um propósito para mim neste planeta. Foi o que me ajudou quando eu mais precisava de ajuda”.

As lições do livro e a terapia também o convenceram a se reconciliar com o pai, Fred, que se divorciou da mãe de Phelps quando ele tinha apenas 9 anos de idade. A relação dos dois era extremamente distante, o que também culminou na depressão do atleta. Quando se reencontraram, os dois se deram um forte abraço, e se desculparam pelos erros do passado.

Depois do período de reabilitação, o nadador se reergueu. Voltou a praticar natação e a se preparar para as Olimpíadas do Rio, pediu a namorada, Nicole Johnson, em casamento e teve seu primeiro filho, Boomer Robert. Confira a entrevista completa no link.

 

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