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Olimpíadas. Quatro motivos para amar (ainda mais) Tom Daley

Atleta que estará no Rio de Janeiro para competir em sua terceira Olimpíada também é um arraso fora das plataformas de mergulho

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Matthew Stockman/Getty Images
1 de 1 - Foto: Matthew Stockman/Getty Images

Dono de uma medalha olímpica e de um abdômen invejável, Tom Daley é considerado um prodígio dos saltos ornamentais. Atleta desde os sete anos, aos 14 tornou-se o mais jovem esportista a competir na Olimpíada de Pequim, em 2008.

Nos Jogos Olímpicos de Londres, levou medalha de bronze na plataforma de 10 metros. Com todo seu talento, não lhe faltaram prêmios: foi eleito três vezes o melhor jovem esportista do ano pela BBC e levou duas vezes consecutivas o título de atleta mais sexy pela revista gay Attitude.

Agora, o mergulhador de 22 anos da equipe britânica se prepara para desembarcar no Rio de Janeiro para disputar sua terceira Olimpíada. Em um universo cheio de notoriedade e sucesso, Tom também teve de enfrentar muitas superações em sua vida e mesmo não sendo protagonista de um estilo de esporte popular, como basquete e futebol, conseguiu atingir a marca de 2,5 milhões de seguidores no Twitter e 1,2 milhão no Instagram. Por isso, nada melhor do que listar as 4 vezes em que Tom Daley foi um arraso muito além das plataformas de mergulho.

 

É corajoso

Tom se assumiu gay em um vídeo publicado em seu canal do YouTube em 2013. Sem holofotes, e na companhia de seu travesseiro com estampa patriótica, o mergulhador não falou que o companheiro em questão era Dustin Lance Black, produtor premiado com um Oscar de Melhor Roteiro Original em 2009 por seu trabalho em Milk: A Voz da Igualdade. Depois de algum tempo, o esportista contou que os dois se pediram em noivado no mesmo dia.

Levando em consideração que ser gay e atleta ao mesmo tempo continua sendo controverso, foi necessária muita coragem da parte de Tom para se assumir publicamente. Especialmente se colocarmos em perspectiva que ele era um ídolo do público feminino. Contudo, para o atleta, sair do armário não foi tão difícil. “Eu sempre estive cercado de pessoas que me apoiam. Eu não sabia que eu era diferente e compreendi que todo mundo gostava de mim, que não importava se eu estivesse com um garoto ou uma garota.”

Não dá papo para as inimigas

Mesmo com um corpo atlético admirável e uma carreira notável, Tom, assim como a maioria dos mortais, já sofreu bullying na escola. Mesmo não sendo publicamente gay na época, era assim que seus detratores o chamavam na sala de aula — e continuam a fazê-lo em suas redes sociais

A resposta do esportista é clara e objetiva: ele não liga. Longe de replicar comentários ofensivos e ser indelicado com os preconceituosos, Tom faz a linha Katia Cega e atribui os xingamentos recebidos na infância como uma crítica direta ao grande sucesso que ele fazia e não a algo ligado diretamente à sua sexualidade. “A única coisa que eu amo fazer é mergulhar e ninguém pode tirar isso de mim, não importa qual seja a minha orientação sexual. É sobre isso que serei julgado e é por isso que o esporte é uma ótima plataforma.”

Tem foco, força e determinação

Além de sempre disponibilizar em seu canal do YouTube dicas fitness para quem quer entrar em forma, o atleta é extremamente focado quando o assunto é profissão.

Ele não se deslumbra com os prêmios já conquistados. Na preparação para a Olimpíada, o esportista vem dando o seu melhor para que ele e seu parceiro Daniel Goodfellow ganhem a medalha nos 10 metros sincronizados. “Eu não posso sair tarde porque tenho que estar na cama às 21h30. Uma coisa que eu gostaria de ter é uma semana de folga ou curtir um feriado nacional, mas eu nunca pude. Mergulhar não é um trabalho de 9h às 17h que você pode ir para casa, relaxar e tomar uma taça de vinho. É uma carreira intensa e de curto período.”

Já pensou em desistir

A insatisfação por conta da rotina pesada de treinos em 2012 fez com que ele se desmotivasse. Prova disso foi o pedido para refazer seu salto nas Olimpíadas de Londres quando os flashes o distraíram na hora do ato atrapalhando sua performance.

Ele passou por um longo tratamento para estresse pós-traumático para superar o episódio e, naturalmente, recebeu o apoio do noivo. “Eu tenho medo de mergulhar todas as vezes. É próprio da natureza humana quando você tem que pular de uma altura de 10 metros. Se você não tem medo, deveria se preocupar porque é dessa forma que se comete erros. Você precisa da adrenalina do medo dentro de você, caso contrário, vai se machucar e ficar com mais medo. É um ciclo vicioso.”

 

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