Olimpíadas começam em Brasília com Mané Garrincha vazio na preliminar
Foram vendidos 70 mil ingressos para a rodada dupla desta quinta-feira (4/8). Mas poucos chegaram para a partida de estreia entre Iraque e Dinamarca
atualizado
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Cerca de 70 mil ingressos foram colocados à venda para a partida de estreia do futebol masculino nas Olimpíadas no Distrito Federal. Mas não há quase ninguém no estádio Mané Garrincha assistindo ao confronto entre Iraque e Dinamarca, que começou às 13h desta quinta-feira (4/8). O estádio está praticamente vazio e poucos torcedores vieram conferir o duelo, preliminar do jogo da seleção brasileira com a África do Sul.
Entre aqueles que fizeram questão de marcar presença estão Hassan Rússia e família. Eles vivem em Sobradinho há dois anos e já até arriscam falar português. Nesta quinta, vieram torcer pelo país de origem. Já Hassan Alwahami, 41, veio com o filho do Canadá. Ainda com um inglês arrastado, ele contou que vive no país há duas décadas e que trabalha como taxista. É a sua primeira vez no Brasil e só veio porque acredita em uma vitória do Iraque.
Poucos brasileiros decidiram chegar com antecedência ao jogo da seleção, marcado para às 16h. O casal Emerson Miranda, 38, e Michele Alves, 33, por exemplo, veio cedo por um motivo especial. De folga, Emerson veio assistir à rodada dupla porque é seu aniversário e, claro, quer de presente dois gols de Neymar.
Muito questionado, o gramado do Mané Garrincha está com boa aparência. No entanto, há falhas grandes, principalmente, do lado que fica voltado para o Ginásio Nilson Nelson. A preocupação é como a grama estará no fim do dia, depois de dois jogos. O estádio vai receber dez confrontos válidos pelas Olimpíadas até o dia 13 de agosto.
Cuidado com o que for levar
Para quem ainda vai para o estádio, fica uma dica importante.Não será permitida a entrada de pessoas com determinados objetos como bolsas, sacolas, malas, pochetes e mochilas. Exceção apenas para aqueles modelos feitos de material transparente. Como a bolsa que a engenheira mecânica Jocelia Silva, de 42 anos, levava nas costas ao entrar na arena.
Ela foi ao estádio com familiares e amigos, sem deixar de lado itens como carteira e documentos. As regras valem para os dez jogos disputados em Brasília. “Eu me informei e me programei para não ter problemas no acesso ao estádio. Com isso, a gente facilita o trabalho dos seguranças na hora da revista e não corre o risco de deixar nenhum material no meio do caminho, já que entrar com as bolsas normais estão proibidas”, disse a engenheira mecânica.
Outras proibições incluem itens perfurantes e que possam ser usados para ferir pessoas, como facas, tesouras, canivetes, lâminas de barbear, chaves de fenda, agulhas e alicates. Na mesma linha, não será permitido portar materiais explosivos, substâncias inflamáveis, tóxicas ou venenosas nem armas de fogo, de brinquedo ou simulacros. Para as armas, a exceção vale para militares credenciados.
A organização também não autoriza a entrada com itens que possam prejudicar o andamento dos jogos. São exemplos: apitos, megafones, cornetas, instrumentos musicais, faixas e ponteiros de laser. Não são permitidos protestos na área interna, sendo vetados, por exemplo, cartazes e bandeiras de países que não os representados em campo.