Lava Jato apura propina a Cabral pelos Jogos Olímpicos Rio-2016
O Ministério Público Federal pediu que o Comitê Organizador apresente, em até 24 horas, dados sobre contratos firmados com a empresa Masan
atualizado
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A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro investiga se o ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB) — que está preso — recebeu propina em pelo menos seis contratos dos Jogos Olímpicos de 2016. O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quinta-feira (1°/6) que o Comitê Organizador da Rio-2016 apresente, em até 24 horas, informações sobre os acordos firmados com a empresa Masan.
O dono da companhia é o empresário Marco Antonio de Luca, preso nesta quinta no Rio de Janeiro na Operação Ratatouille da Polícia Federal. Desdobramento da Lava Jato, a ação investiga propinas de R$ 12,5 milhões em contratos para fornecimentos de alimentos a presídios e hospitais.
A Procuradoria da República investiga também outros contratos — entre eles, para fornecimento de serviços ao Comitê Organizador da Olimpíada. A suspeita é que Cabral possa ter influenciado nesses acordos.“De fato a lista de contratos firmados entre o Comitê Rio 2016 e a empresa Masan Serviços Especializados é expressiva e pode ter tido influência também de Sérgio Cabral”, disse o MPF. O advogado de Sergio Cabral, Luciano Saldanha Coelho, foi procurado por telefone pela reportagem, mas não respondeu ao contato.
O Comitê Rio 2016 afirmou que os contratos com a Masan passaram “por todos os trâmites” e foram aprovados pelo Conselho Diretor da entidade formado por dez pessoas. A advogada de Luca, Fernanda Tórtima, disse que não daria declarações a respeito do caso.