Entenda a linha do tempo do suposto assalto de Ryan Lochte no Rio
A complicada trama foi divulgada pela mãe do nadador no domingo (14/8) pela manhã
atualizado
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O assalto ao medalhista olímpico Ryan Lotche e a outros três nadadores no Rio ganhou novas cores após a investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. As autoridades brasileiras acharam contradições nos depoimentos dos americanos e estão questionando os detalhes do que aconteceu na madrugada de domingo (14/8).
A história é confusa, envolve a mídia americana, as corporações brasileiras e até o FBI. Para ajudar o leitor, o Metrópoles organizou uma linha do tempo para tentar entender melhor o que aconteceu após a festa da Casa da França, na Lagoa Rodrigo de Freitas.Sábado
23h Ryan Lochte vai a uma festa com os nadadores Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen na Casa da França, instalada no clube da Sociedade Hípica Brasileira, na Lagoa. O brasileiro Thiago Pereira fez o convite aos colegas após o encerramento das provas de natação, naquele mesmo dia.
Domingo
4h Segundo os americanos, eles voltaram de táxi da festa e foram parados por um grupo que estava usando farda de polícia e mostrando o distintivo. Os atletas afirmaram que os homens apontaram armas para eles e os mandaram deitar no chão. Ryan Lotche se recusou a obedecer e o ladrão teria engatilhado e colocado a arma na cabeça dele. Eles levaram a carteira do americano e deixaram o celular e as credenciais. Dinheiro dos outros nadadores também foi levado. O grupo não foi à polícia nem denunciou o caso às autoridades. Os atletas dizem que ficaram com medo de ter problemas com o comitê.
11h Ileana Lochte, mãe de Ryan, levou a história à imprensa americana. Ela revelou ao USA Today que os nadadores estavam muito assustados, mas que todos tinham chegado em segurança à Vila Olímpica.
12h O Comitê Olímpico Internacional soltou nota dizendo que a notícia não era verdadeira.
15h Ryan Lochte deu uma entrevista ao Today Show da emissora NBC confirmando o assalto. Depois agradeceu o apoio dos fãs no Twitter.
https://twitter.com/RyanLochte/status/764944107101978625
19h30 Após revelar para a imprensa o caso, somente na noite de domingo, os nadadores foram às autoridades. A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), os seguranças da Comitê Olímpico dos Estados Unidos e até o FBI foram convocados para escutar o depoimento de Ryan Lochte e Jimmy Feigen. Os nadadores não conseguiram dar muitos detalhes, como a cor do táxi, o modelo do carro dos assaltantes, a hora ou o local do assalto, pois afirmaram estar muito bêbados.
Segunda
11h Os depoimentos dos nadadores foram considerados contraditórios pela polícia. Ao contrário de Feigen, Lochte diz ter visto mais de um homem envolvido no assalto, mas só um deles estava armado. Além disso, eles descobriram que o grupo trocou de táxi em algum ponto do trajeto, talvez em São Conrado. Os outros dois atletas não foram ouvidos.
Terça
10h Fonte da Associated Press diz que a polícia tem poucas evidências que sustentem a versão prestada pelos atletas. Os americanos não conseguiram dar detalhes importantes para a investigação. Ryan Lotche volta para os Estados Unidos antes da data combinada.
18h O jornal britânico Daily Mail libera filmagens dos atletas chegando na Vila Olímpica às 6h56 da manhã de domingo, logo após o assalto. O grupo chega tranquilo ao local e em horário diferente do que foi prestado em depoimento à Polícia Civil.
Quarta
10h30 A juíza Keyla Blank, do Juizado Especial do Torcedor e de Grandes Eventos, decretou que os nadadores não podem deixar o país após terem apresentado versões confusas sobre o caso. Lochte, no entanto, já tinha ido embora do Rio, enquanto Feigen, segundo a imprensa, não estava na Vila.