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Dia decisivo dos 100m marcará despedidas e disputa final entre Bolt e Gatlin

Após 12 anos de polaridade dentro e fora das pistas, atletas abrem espaço para as próximas gerações. Prestes a completar 30 anos, Bolt declara sua carreira olímpica como encerrada após a Rio-2016

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1 de 1 usain bolt - Foto: Reprodução/Twitter

Quem for ao Engenhão para assistir à prova mais nobre do atletismo não verá só um simples embate entre o jamaicano Usain Bolt e o norte-americano Justin Gatlin, e sim a última disputa entre os dois em Jogos Olímpicos. Após 12 anos de polaridade dentro e fora das pistas, os atletas abrem espaço para as próximas gerações. E eles não são os únicos a dar adeus. Asafa Powell, da Jamaica, já confirmou a sua despedida.

Prestes a completar 30 anos, Bolt declara sua carreira olímpica como encerrada após o Rio-2016. “Muitas pessoas não estão felizes, mas essa é a última. Fiz o suficiente, me provei repetidas vezes”, justifica. Em busca do tricampeonato olímpico nos 100m, nos 200m e no revezamento 4×100 metros, o jamaicano deixa um legado.

Perseverança é uma das palavras inseridas na mensagem que Bolt quis passar ao mundo. “Nunca deixe ninguém falar que você não pode fazer porque eu nunca pensei que seria o homem mais rápido”, aconselha.

A Jamaica revela talentosos atletas a cada ano. Yohan Blake pode ganhar mais espaço, assim como Nickel Ashmeade. Entre os novos nomes, destaca-se o de Jevaughn Minzie. Ao mesmo tempo que a seletiva nacional mostrou o potencial do jovem de 21 anos, evidenciou o declínio de Asafa Powell. Aos 33 anos, ele está preparado para o ato final. “Não vou até os 40, minhas pernas não aguentam.”

Uma década atrás, era Powell que escrevia seu nome na história. Em junho de 2005, o jamaicano superou o recorde de Maurice Greene. Ele só teve a coroa perdida três anos depois, com o surgimento do fenômeno Bolt.

O carisma é outra faceta de astro que fará falta em Tóquio-2020. Brincalhão, Bolt apelidou o concorrente Justin Gatlin de “homem velho”, em referência a seus 34 anos. A rivalidade fica restrita à pista.

No Mundial de Pequim, em 2015, Gatlin ficou um centésimo de segundo atrás de Bolt. As melhores marcas do americano foram conquistadas após o afastamento por doping. A primeira punição ocorreu em 2001. O episódio ficou no passado quando Gatlin conquistou o ouro nos 100 m em Atenas-2004. Dois anos mais tarde, contudo, foi flagrado de novo e encarou quatro anos de suspensão. Quando voltou, encontrou um cenário já dominado por Bolt. E Gatlin tem esperança de superá-lo na última batalha olímpica.

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