Conheça a americana candidata a levar todos os ouros da ginástica
Simone Biles tem só 19 anos e não veio ao Rio de brincadeira. Se as previsões dos sites especializados derem certo, ela voltará para casa com cinco medalhas de ouro
atualizado
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Ela é a atleta do ano, embora não tenha – ainda – a imprensa brasileira aos seus pés. Lá fora, no entanto, é o nome da vez. A ginasta norte-americana Simone Biles, de apenas 19 anos, é a “golden girl” (garota de ouro, em português) não apenas da ginástica artística feminina, mas talvez de toda a nova geração de atletas do país que é uma das maiores potências olímpicas do mundo.
E ela tem uma má notícia para os brasileiros: quer ficar com a medalha de ouro que todos já praticamente entregaram a Flávia Saraiva, prodígio do esporte nacional. Biles desembarcou no Rio de Janeiro para os primeiros Jogos Olímpicos de sua carreira com a missão de levar para os Estados Unidos o maior número possível de medalhas de ouro na ginástica. Precisamente cinco.
A menina defende um invejável currículo que inclui o feito de ser a primeira ginasta do mundo a ser campeã mundial do individual geral – competição que premia a melhor ginasta na soma geral de todos os aparelhos – três vezes consecutivas.
Os maiores nomes do esporte no mundo, como o técnico Bela Karolyi, responsável pela apresentação histórica de Nadia Comaneci nos jogos de Montreal em 1976 (aos 14 anos, ela foi a primeira ginasta a tirar nota máxima numa Olimpíada), confirmam que ela é, mesmo, um dos maiores – se não o maior – talento de toda a história da ginástica artística até hoje.
E, ao que tudo indica, vai fazer história aqui mesmo, em solo brasileiro. Até agora, mesmo com a “pressão dos campeões”, tem atendido com facilidade as expectativas. Terminou as classificatórias na primeira colocação na trave de equilíbrio, no solo, no salto sobre a mesa e no individual-geral. Durante os próximos dias, quando acontecem as finais, só não vai estar na prova de barras assimétricas. Em todas as outras – sim, todas -, é o nome a ser batido.
a ginasta americana Simone Biles é coisa de outro mundo né? deus do céu, a bicha voa
— rafaella ☮ (@raf4haha) 8 de agosto de 2016
Se Simone Biles ganhar ouro, volta pra ocupar cadeira de presidente do país. É a nova heroína dos EUA.
— Guilherme Dudee (@TMDude) 8 de agosto de 2016
simone biles tem a minha idade é a atual melhor ginasta artística do mundo e eu aqui sendo a melhor em vários nadas
— dani (@shondamatadora) 8 de agosto de 2016
Depois de assistir às meninas da ginástica percebo que a tal Simone Biles não é humana, é um andróide!
— Cesinha (@ceeesarabreeu) 8 de agosto de 2016
Assim como a nossa Daiane dos Santos, que marcou seu nome no código de pontuação da ginástica com um movimento com seu nome – um mortal duplo com pirueta -, a ginástica americana é responsável pelo “The Biles”, um duplo mortal esticado com meia pirueta que, até 2013 nunca havia sido feito em competições oficiais. E ela não apenas crava o salto, como “sobra”.
“Já vi uns amigos homens meus tentarem (o Biles), mas eles nunca conseguem aterrissar. Então eles ficam muito bravos, disse, tirando onda, ao jornal americano New York Times.
Uma “palhinha” do que vem por aí na final por aparelhos. Essa é a apresentação da atleta na final da trave de equilíbrio no Campeonato Mundial de 2015, em Glasgow:
Biles nasceu em Ohio, nos EUA, em 1997 e, ainda bem nova, foi retirada dos pais junto com os irmãos porque sua mãe tinha problemas com álcool e drogas. No fim das contas, os avós maternos da ginasta adotaram Simone e a irmã, Adria, e as criaram como filhas. Eles estão no Rio torcendo pela neta e chegaram a chorar de emoção na arquibancada ao verem o desempenho de Biles nas classificatórios – mesmo que não fosse nenhuma surpresa que ela tenha dominado a prova. Ela pode até não ter o mesmo carisma das ginastas brasileiras, mas certamente vai voltar para casa com uma coleção de novos fãs brasileiros.