Cinco meses após os Jogos, GDF detalha gastos com as Olimpíadas

Mais de cinco meses após a realização do último dos 10 jogos de futebol válidos pelas Olimpíadas de 2016 em Brasília, o GDF detalhou os gastos com o evento. Desde o fim do torneio na capital federal, em 13 agosto de 2016, quando a Alemanha bateu Portugal por 4 a 0, o Metrópoles cobra das autoridades quanto foi usado dos cofres públicos.

Nesta sexta-feira (20/1), a secretária de Esporte, Turismo e Lazer, Leila Barros, entregou a planilha à reportagem: o valor total ficou em R$ 14.801.329,88. Isso sem contar os revezamentos das tochas Olímpica e Paralímpica — para os dois eventos, foram gastos mais R$ 3.774.548,16.

Alguns dados chamam a atenção, como os R$ 8.880.776,10 gastos pela Secretaria de Esporte, por meio de convênio com a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), para montar a estrutura dentro do estádio Mané Garrincha.

De acordo com Leila Barros, foi feita uma parceria com a Organização das Nações Unidas (Unesco) para que ela realizasse o serviço. Ainda segundo a secretária, desse total, R$ 3,3 milhões foram economizados e estão em caixa para futuros eventos.

Coube a pasta ainda liberar R$ 1 milhão para a reforma do Estádio do Cave. No entanto, apesar disso, o local não ficou pronto a tempo e não foi utilizado pelas seleções como centro de treinamento. “Nós vamos seguir com a reforma do Cave, que vai recomeçar na próxima semana e deverá durar 180 dias. O local será entregue para a população em breve”, prometeu Leila.

Helicópteros
A maioria das secretarias do GDF também liberou verbas para a realização da Olimpíada. A Secretaria de Segurança Pública e Paz Social, por exemplo, gastou R$ 1.886.803,90.

Grande parte desse dinheiro (R$ 1,4 milhão) se refere à escolta e à segurança das delegações feitas pela Polícia Militar. No caso do Corpo de Bombeiros, a despesa foi de, aproximadamente, R$ 500 mil. Já a Polícia Civil gastou quase R$ 40 mil para abastecer os helicópteros da corporação.

Publicidade institucional
Para divulgar os Jogos Olímpicos, foram usados mais de R$ 1,2 milhão. Esse foi o montante que a Comunicação Institucional e Interação Social gastou com a publicidade do evento. Já o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) desembolsou quase R$ 1,5 milhão para comprar lixeiras e promover a limpeza do Estádio Mané Garrincha e das redondezas.

A secretária Leila Barros acredita que a divulgação dos gastos ocorreu em um tempo razoável. “Cinco meses na administração pública não é muito tempo. Eram vários órgãos envolvidos e cada um tem o seu tempo.” No entanto, a título de comparação, o Rio de Janeiro, sede oficial dos Jogos, detalhou as próprias despesas em 21 de agosto, dia de encerramento do evento.