As cerimônias de abertura das Olimpíadas mais emocionantes da história
De 1948 para 2016, muita coisa mudou, Menos a emoção das cerimônias de abertura dos Jogos Olímpicos
atualizado
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O Brasil está sediando o maior evento multiesportivo do mundo. A abertura dos Jogos Olímpicos começa oficialmente às 20h desta sexta-feira (5/8). Mas, apesar da expectativa de como será a cerimônia brasileira no Maracanã, vale a pena lembrar de alguns momentos marcantes na história dos jogos modernos.
Londres 1948
Os Jogos de Londres em 1948 foram os primeiros a serem transmitidos por televisão para residências particulares e foram vistos por cerca de 500 mil telespectadores no Reino Unido. A abertura foi conduzida pessoalmente pelo rei Jorge VI, pai da rainha Elizabeth II, atual rainha da Inglaterra.
Tóquio 1964
O momento mais simbólico do evento foi a entrada no estádio do jovem Yoshinori Sakai, de 19 anos, carregando a tocha olímpica. Ele nasceu em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, o mesmo dia em que a bomba atômica foi detonada sobre a cidade. Sua escolha foi uma homenagem às vítimas do ataque nuclear e um apelo à paz mundial.
México 1968
Pela primeira vez na história da Olimpíada, a tocha olímpica foi carregada por uma mulher – a atleta Enriqueta Basílio – que teve a honra de acender a pira olímpica.
Montreal 1976
Os jogos foram abertos pela rainha da Inglaterra Elizabeth II. Por conta de uma forte chuva, a chama olímpica foi apagada quatro dias após a abertura dos jogos e um funcionário do estádio acendeu a pira com um isqueiro.
Moscou 1980
Uma das cenas mais famosas da história dos Jogos modernos é a aparição do mascote Misha. O ursinho (animal símbolo da Rússia), foi criado pelo ilustrador soviético Victor Tchijikov, famoso por seus desenhos para livros infantis. Durante a cerimônia de encerramento, uma coreografia simulou a queda de uma lágrima do olho do ursinho, fazendo Misha (e o mundo) chorar.
Seul 1988
O desfile dos atletas, que foi iniciado por trezentas balizas que entraram no estádio conduzindo bandeiras com os anéis olímpicos. Após a entrada das delegações, o protocolo foi seguido com os discursos oficiais, a declaração de abertura, o hasteamento da Bandeira Olímpica e a soltura de 2,4 mil pombas brancas, simbolizando liberdade e paz.
A pira olímpica fica a 22 metros de altura, e, no momento em que foi acesa, incinerou várias pombas que haviam pousado lá.
Barcelona 1992
A cerimônia de abertura dos Jogos em Barcelona é considerada uma das mais marcantes da história. A entrada da delegação nacional tinha à frente como porta-bandeira Dom Felipe de Bourbon, Príncipe das Astúrias e herdeiro do trono espanhol que foi integrante da equipe espanhola de vela. A declaração de abertura foi feita pelo Rei Juan Carlos, no mesmo momento em que a pira olímpica foi acesa por uma flecha flamejante disparada por um arqueiro. Apesar de impressionante, o ato foi “mentirinha”. A flecha não chegou ao alvo, mas a pira foi acesa.
Atlanta 1996
Ano do centenário dos Jogos. A cerimônia, criada e produzida por Don Mischer, tinha um elenco de 8 mil artistas. Muhammad Ali, considerado o dos maiores pugilistas de todos os tempos, acendeu a pira olímpica, mesmo sofrendo de mal de Parkinson. Ao final, ele recebeu uma medalha de ouro. A que havia ganhado nos Jogos de 1960 em Roma, ele atirou em um rio em protesto contra a discriminação racial nos EUA.
Atenas 2004
A cerimônia de abertura remeteu à antiguidade e explorou ao máximo o fato de os gregos terem criado a Olimpíada. Um dos momentos mais marcantes aconteceu quando um menino atravessou o espelho d’água dentro de um barco de papel.
Pequim 2008
A cerimônia, que focou na cultura da China, é considerada uma das melhores da história olímpica e custou 100 milhões de dólares. O Desfile das Delegações contou com a presença de 204 países. O ex-ginasta Li Ning, preso por cabos, percorreu a lateral interna do estádio antes de acender a pira olímpica.
Londres 2012
Importantes artistas britânicos fizeram parte da cerimônia, como J. K. Rowling, Rowan Atkinson e Daniel Craig (no papel de James Bond), que contracenou com a Rainha Elizabeth II. Paul McCartney encerrou o evento com o clássico Hey Jude.