Alvos de suposto assalto, nadadores são proibidos de deixar país
Polícia vê contradições nas versões de nadadores americanos Ryan Lochte e James Feigen. Jornal britânico divulgou vídeo que põe dúvida sobre história de atletas
atualizado
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O Juizado Especial do Torcedor e de Grandes Eventos decidiu proibir os nadadores norte-americanos Ryan Lochte e James Feigen de deixar o Brasil e determinou a apreensão de seus passaportes. Eles afirmam terem sido assaltados na madrugada do último domingo (14/8) depois de deixarem de táxi uma festa na Casa da França, na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio. Mas a polícia viu contradições nos depoimentos deles, e a Justiça entendeu que a dupla deve permanecer no País para prestar novos esclarecimentos.
Há informações de que Lochte já teria voltado para casa, e que Feigen estaria no Rio, mas em um hotel, e não mais na Vila dos Atletas. Procurado pelo Estadão.com, o porta-voz da delegação norte-americana, Patrick Sandusky, disse que não divulga o paradeiro de seus atletas. Sobre a decisão judicial, o porta-voz disse ter sido informado dela apenas pela imprensa.
Algumas contradições detectadas pela Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, que investiga o caso: o horário em que os atletas voltaram à Vila dos Atletas no domingo, passado o assalto (eles dizem que foi por volta das 4 horas, mas imagens das câmeras de segurança da Vila dos Atletas mostram que foi às 6 horas); Lochte contou ter sido parado por bandidos numa falsa blitz, e Feigen, que o homem que rendeu o taxista estava num veículo branco, modelo antigo. Imagens de câmeras revelam que eles chegaram tranquilos, e não assustados. Estavam usando relógios e com suas carteiras e telefones celulares, o que causou estranhamento, uma vez que estes são objetos, em geral, levados por assaltantes.