Jogadores criam “contrato” para tentar evitar denúncias de estupro
Além da prisão de Daniel Alves, o assunto teria ganhado força após a prisão de Rafa Mir, jogador do Valencia
atualizado
Compartilhar notícia
Os casos de violência sexual envolvendo jogadores de futebol se tornaram recorrentes nos últimos anos, com alguns terminando em prisões, como ocorreu com os brasileiros Daniel Alves e Robinho. A questão chegou a um ponto que atletas estariam utilizando uma espécie de contrato com suas parceiras para evitar possíveis denúncias dessa natureza.
A informação foi divulgada pelo espanhol Miguel Galán, presidente do Centro Nacional de Formação de Treinadores de Futebol (Cenafe). O documento, que não teria validade em um possível julgamento de acordo com o jornal O Jogo, detalha pontos que abrangem condições para que aconteça a relação, duração, coisas permitidas e proibidas, métodos contraceptivos e até mesmo um item intitulado “violência acidental”.
Galán aponta que o dispositivo foi criado por temor por parte dos jogadores que as mulheres parceiras apresentem uma possível denúncia falsa. No entanto, não há relatos de que o documento já tenha sido usado.
Mais um caso recente
A discussão sobre o assunto ganhou força após a prisão do atacante Rafa Mir, do Valencia, detido na semana passada pela Guarda Civil da Espanha por um suposto crime de agressão sexual. O jogador será multado e afastado do resto do elenco por tempo indeterminado.
No caso de Rafa Mir, de acordo com o jornalista Jorge García Abadía, as agressões sexuais do jogador teriam acontecido na piscina da casa do atleta. A denuncia foi feita por um vizinho do jogador espanhol, que teria ouvido ruídos estranhos e avistado duas jovens andando seminuas.