Ídolo da NFL, jogador criado em Brasília recebe homenagem no DF
Estrela do time de futebol americano Kansas City Chiefs, Cairo Santos visita a capital para receber título de cidadão honorário e bate papo com atletas brasilienses
atualizado
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Neymar, Pelé, Ronaldo Fenômeno, Zico, Romário, Ronaldinho. A lista de boleiros brasileiros que brilharam em campos internacionais é grande. Mas você conhece Cairo Santos? Ele também é um craque do futebol. Mas o futebol em questão é outro, o americano. O jovem de 24 anos é uma das estrelas do Kansas City Chiefs, time da National Football League (NFL).
Apesar de ser jogado predominantemente com as mãos, Cairo ocupa a posição de, claro, placekicker, ou seja, único jogador que pode chutar a bola oval. Recentemente, foi eleito embaixador do futebol americano da NFL no Brasil e, nesta quinta-feira (23/6), recebe na Câmara Legislativa o título de cidadão honorário de Brasília. O jovem vai aproveitar a oportunidade para discutir o crescimento do esporte no país em um bate-papo com atletas de times locais.Nascido em Limeira (SP), ele mudou-se para Brasília aos 3 anos. Cairo frequentou o ensino médio (neste caso, o high school) na Flórida, nos Estados Unidos, com a intenção de jogar futebol tradicional. Lá, ele passou interessar pelo futebol americano, após perceber que tinha um chute muito potente e de ser chamado para fazer parte do time do colégio.
O talento de Cairo rendeu uma bolsa de estudos na Universidade de Tulane, em Nova Orleans, para jogar futebol americano. Em 2014, assinou um contrato com os Chiefs e se tornou o primeiro brasileiro a atuar na NFL, tendo seu primeiro jogo profissional em 7 de setembro daquele ano.
Atualmente, o Brasil é o terceiro país em termos de audiência nas transmissões dos jogos da NFL, perdendo apenas para Estados Unidos e México. Durante a conversa com jogadores e presidentes de alguns dos times de Brasília, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, Cairo comentou que, como embaixador, fica muito contente em ver o futebol americano cresce no seu país, e que tem planos para trazer mais jogadores dos Estados Unidos para divulgar o esporte. “Consigo até ver um jogo da NFL acontecendo no Brasil em um futuro não tão distante”, conta.
Hoje, não há times profissionais de futebol americano no país, mas as equipes amadoras já são 130. Dessas, seis são Distrito Federal. No segundo semestre de 2016, haverá, pela primeira vez, a Superliga e a Liga Nacional de Futebol Americano, que contarão com a participação de mais de 60 times de todo o Brasil na primeira e segunda divisão. “O que falta agora é um investimento maior na estrutura dos jogos e nos equipamentos”, comentou Cairo, sobre os próximos passos da modalidade no país.