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Hamilton e clubes ingleses promovem boicote às redes contra o racismo

O heptacampeão mundial e grandes times da Inglaterra prometem ficar dias sem interagir em seus canais virtuais

atualizado

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Racismo futebol
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Começa nesta sexta-feira (30/4) um boicote de quatro dias às redes sociais promovido por atletas, times e federações da Grã-Bretanha. A ação é uma resposta a um crescente número de ataques racistas feitos a jogadores e a uma percepção de que as empresas responsáveis pelas plataformas não têm feito o suficiente para combater essa prática.

“O boicote é um símbolo da nossa raiva coletiva”, afirmou Sanjay Bhandary, presidente da Kick it Out, uma ONG anti-práticas discriminatórias que fará parte do movimento. “As redes sociais, tristemente, se transformaram em um recipiente para abuso tóxico acontecer regularmente. Ao nos retirarmos dessas plataformas, estamos fazendo um gesto simbólico para aqueles no poder. Nós precisamos que vocês façam algo. Nós precisamos que vocês criem mudanças. Nós precisamos que as empresas façam das suas plataformas um ambiente hostil para os trolls, e não para membros da comunidade do futebol”, completou.

Nos últimos meses, diversos atletas da Inglaterra foram vítimas de abuso racial nas redes. Entre eles, David McGoldrick, do Sheffield United, Neal Maupay, do Brighton, Anthony Martial e o brasileiro Fred, do Manchester United, e o compatriota Willian, do Arsenal.

“Este é outro exemplo deprimente do que infelizmente está acontecendo com nossos jogadores e com muitos outros regularmente. A rede social é uma das maneiras pelas quais nossos torcedores em todo o mundo podem se sentir mais próximos do clube e dos jogadores, mas no futebol e em outros lugares, vimos um mundo online envenenado por palavras odiosas, racistas e discriminatórias”, desabafou o meia-atacante dos Gunners, revelando as mensagens que recebeu, chamando-o de “macaco”, entre outras ofensas.

Thierry Henry, ex-jogador do Arsenal, se adiantou à campanha e se retirou das redes sociais em março, pelo mesmo motivo. Aos 43 anos, o ídolo do futebol inglês afirmou que era hora de dar um basta nessas práticas.

Antes de aderir oficialmente ao boicote, o Liverpool, que também teve jogadores alvos de ofensas nas redes, entre eles, Alexander-Arnold, Mané e Keita, lançou uma campanha de conscientização. “Pare com o ódio. Resista. Denuncie” é o slogan do movimento.

Além da Kick it Out, dos clubes ingleses e da Federação Inglesa, o boicote terá participação da associação de torcedores, jogadores, técnicos, árbitros e das ligas femininas do país.

Lewis Hamilton

Conhecido não só pelo seu talento nas pistas, mas também pela sua postura ativista frente a causas sociais, Hamilton comentou sobre o assunto, apoiando a movimentação da comunidade do futebol.

“Para mim é claro, e certamente nesse esporte também, que o racismo continua sendo um problema”, disse Hamilton. “Sinto que as plataformas de redes sociais precisam fazer algo para combater isso. Então, eu apoio completamente a iniciativa. Se fazer isso coloca pressão nas plataformas a fazer algo a respeito, então eu certamente ficaria feliz de participar”, explicou.

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