Grupo LGBTQIA+ leva questão da camisa 24 na Seleção para Fifa
Organização rebateu os argumentos apresentados pela CBF e entrou uma representação sobre possível violação dos direitos humanos
atualizado
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Depois de entrar na justiça cobrando um posicionamento oficial da CBF para justificar a não utilização do número 24 entre os jogadores da Seleção Brasileira, o Grupo Arco-Íris de Cidadania entrou com uma representação no comitê de ética da Fifa para questionar as razões para o número não ser utilizado na numeração oficial.
O grupo com 25 anos de atuação na luta pelos direitos da população LGBTQIA+, contestou a versão apresentada pela CBF a Justiça para a não utilização do número 24 na identificação dos atletas durante a Copa América. No documento redigido pelo Grupo Arco-Íris, a organização destaca que o plantel brasileiro é o único que pula o número.
Para o grupo, não há argumento que sustente a falta do número entre os atletas. O documento entregue a Fifa traça um contexto da violência brasileira contra os LGBTQIA+, explica a relação do número com os termos pejorativos relacionados aos gays, mais especificamente, e cita outros casos que explicam a não utilização do número não só na seleção, mas também em clubes brasileiros.
No documento elaborado, o grupo Arco-Íris faz questão de rebater os argumentos da CBF que afirmam que a numeração tem como base a posição do jogador dentro de campo.
Em sua conclusão, o Grupo Arco-Íris cobra a CBF perante ao estatuto da Fifa, que determina “o respeito e promoção dos direitos humanos e a não-discriminação por orientação sexual”.
Veja abaixo o documento elaborado pela organização.
Reclamação Sobre Violação Das Normas de Direitos Humanos e da Não Discriminação by Metropoles on Scribd
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