Governo Bolsonaro encolhe programa de atletas das Forças Armadas
Segundo o blog Olhar Olímpico, 97 atletas foram demitidos e 50 vagas serão fechadas
atualizado
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A esperança de que o governo Bolsonaro ampliasse o Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas foi rapidamente arrefecida. O projeto, aliás, acabou encolhido com a mudança na presidência da república. Segundo dados do blog Olhar Olímpico, após o fim de 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, 97 atletas não tiveram os contratos com as Forças Armadas renovados. Destes, apenas 47 serão recontratados, o que significa que 50 vagas serão extintas.
Ainda de acordo com o blog de Demétrio Vecchioli, a Aeronáutica será a força armada que mais sentirá o freio nos investimentos esportivos. Isso porque será dela o maior número de cortes: ao menos 17 atletas deixarão de ter vínculo, entre profissionais de modalidades como o basquete e o atletismo.
A Marinha também terá um déficit em relação às vagas: 11 atletas deixarão de ser militares e apenas sete concluirão o retorno. No Exército, porém, a situação é um pouco melhor: 39 profissionais deixarão a força armada, que contará com a abertura de 40 vagas.
Os cortes poderão ser explicados com o fim do ciclo preparatório para os Jogos Mundiais Militares, que, assim como os Jogos Olímpicos, são disputados a cada quatro anos. Desta forma, uma renovação no elenco seria vista como normal. O programa foi criado para reforçar a delegação do Brasil, que sediou a competição em 2011. No basquete, por exemplo, os jogadores Arthur, Nezinho e Rossi, que à época defendiam o Brasília, fizeram parte do elenco que conquistou a medalha de ouro entre os homens. No ano passado, em Wuhan, na China, os atletas militares brasileiros conquistaram um total de 88 medalhas, sendo 21 de ouro, 31 de prata e 36 de bronze.
O blog traz ainda que o programa sofrerá uma drástica redução orçamentária para o ano que vem: estão previstos apenas R$ 600 mil, contra os vultosos R$ 3,1 milhões médios dos quatro anos anteriores.