Zezé Perrella ataca presidente do Cruzeiro: “Biruta de aeroporto”
O ex-gestor de futebol do time mineiro também garantiu que não voltará à presidência do Conselho Deliberativo do clube
atualizado
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Demitido do cargo de gestor do futebol do Cruzeiro, Zezé Perrella atacou nesta quinta-feira (12/12/2019) o presidente Wagner Pires de Sá. O dirigente se declarou surpreso com a decisão do mandatário do clube, especialmente porque havia conversado sobre essa possibilidade na última quarta, em uma reunião em que defendeu a renúncia de Wagner, a sua própria saída e a realização de novas eleições. Mas, segundo sua versão, foi demovido da ideia. Um dia depois, acabou sendo desligado.
“Fiquei surpreso com a decisão, porque ele é uma biruta de aeroporto. Cada hora ele fala uma coisa. Mas ele tem direito. Foi eleito para isso. Inclusive na reunião de ontem (quarta), eu sugeri ao presidente Wagner que renunciasse. Falei ‘Wagner, eu não quero continuar no clube, vamos convocar eleições gerais no clube, inclusive para a presidência do Conselho, e você renuncia. Sua presença hoje não é boa para o Cruzeiro‘. Ele disse que não renunciaria e, junto de outras pessoas, me convenceram a ficar. Então é uma coisa inexplicável”, disse Perrella, em entrevista coletiva.
Perrella estava à frente da gestão do futebol há apenas dois meses, em meio a turbulências no Cruzeiro, dentro e fora dos gramados, que culminaram no rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro no último domingo. Para sucedê-lo no cargo de gestor do futebol, Márcio Rodrigues foi o escolhido por Wagner.
Perrella, com longo histórico de atuação no clube, já havia deixado o cargo de presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro na terça-feira. Ao se licenciar da função, ele alegara que pretendia se dedicar exclusivamente à gestão do futebol do clube mineiro. José Dalai Rocha assumira a função de presidente do conselho. E mesmo com a demissão, descartou a possibilidade de retornar ao cargo.
“Eu não volto para a presidência do Conselho, porque parece que estou retaliando, porque o Wagner me desligou. Eu não gostaria de comandar esse processo. Dalai é uma figura absolutamente equilibrada”, disse.