Koulibaly, do Napoli, denuncia insultos racistas: “Me chamaram de macaco de merda”
Zagueiro recorreu, nesta segunda-feira, às redes sociais para denunciar gritos que vinham das arquibancadas do estádio em Florença
atualizado
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O zagueiro senegalês Kalidou Koulibaly, do Napoli, recorreu nesta segunda-feira às redes sociais para denunciar insultos racistas de que foi alvo no domingo no decorrer do triunfo conquistado pelo seu time, líder do Campeonato Italiano com 100% de aproveitamento após sete rodadas, sobre a Fiorentina por 2 a 1, no estádio Artemio Franchi, em Florença.
“‘Macaco de merda’. Foi isso que me chamaram. Estes sujeitos nada têm a ver com o esporte. Eles devem ser identificados e mantidos fora dos estádios. Para sempre”, escreveu o defensor de Senegal em sua conta no Instagram em três línguas – italiano, francês e inglês.
O episódio aconteceu imediatamente após o árbitro Simone Sozza encerrar o jogo. Koulibaly seguia em direção ao vestiário, na companhia do atacante nigeriano Victor Osimhen e do volante marfinense Zambo Anguissa quando ouviu os insultos racistas vindos das arquibancadas do estádio em Florença.
Koulibaly foi interpelado por alguns torcedores que estavam sentados nas arquibancadas e ficou visivelmente furioso com o ocorrido, apontando o dedo na direção dos infratores e respondendo às palavras que lhe foram dirigidas.
Nesta segunda-feira, a Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano) anunciou a abertura de uma investigação sobre o incidente. “Em relação à expressões de índole racista proferidas pelos torcedores da Fiorentina ao jogador do Napoli Kalidou Koulibaly, foi aberta uma investigação depois do conhecimento dos informes pelos próprios inspetores e de ter ouvido o atleta”, informou a entidade em um comunicado oficial.
A diretoria da Fiorentina também se manifestou publicamente nesta segunda-feira e pediu desculpas ao jogador do Napoli.
Em dezembro de 2018, Koulibaly já tinha passado por uma situação parecida em um jogo contra a Internazionale, no estádio Giuseppe Meazza, em Milão. Na época, recebeu mensagens de apoio de vários setores da sociedade. O atacante português Cristiano Ronaldo foi um dos muitos futebolistas a mostrar o seu apoio ao jogador senegalês.
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