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Vitor Pereira mostra ambição ao assumir Corinthians: “Gosto de ganhar”

O português elogiou o elenco e ressaltou a personalidade dos jogadores, como Paulinho e Renato Augusto

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Vitor Pereira, técnico do Corinthians - Metrópoles
1 de 1 Vitor Pereira, técnico do Corinthians - Metrópoles - Foto: Ali Atmaca/Anadolu Agency via Getty Images

Vitor Pereira foi, finalmente, apresentado no Corinthians. No Brasil há uma semana, o português chegou mostrando conhecimento da equipe, prometendo armar um time “confortável em campo” e sem esconder seu lado explosivo. O treinador comparou os estádios como arenas e se definiu um “animal competitivo” que não deixa jamais de ser um gladiador com seus oponentes. Ambicioso, ele garantiu que aprendeu desde pequeno a lutar pelas conquistas e que não facilita nem em brincadeira com os filhos. “Quero vencer, sempre.”

“Fui um atleta de personalidade, mas do lado pessoal sou de relacionamento fácil, alguém que trabalha no dia a dia. Venho de origem humilde e sou de fácil acesso. Gosto da privacidade, cheguei e tive muito o que estudar, muito para ver, muito treino e muito jogador para ver… Por isso demorei a falar”, explicou na coletiva de apresentação.

Sobre o lado explosivo, disse que o amor pela profissão mexe com seus sentimentos à beira do campo. “Tenho uma paixão enorme, que me transforma em um animal competitivo. Quero ganhar, sempre. Costumo dizer que nem meus filhos deixo ganhar, não vou facilitar para perder, isso não é educação”, discursou. E foi além.

“Aprendi que a vida é competir desde criança, sou muito competitivo e emotivo. Quando se junta na mesma pessoa o ambiente de paixão como é o futebol, com emoção e a competitividade, ultrapasso o desequilíbrio às vezes. Na arena, sou gladiador, mas depois, feito o trabalho, acabou, sou o Vitor, uma pessoa tranquila. Sou tranquilo, com valores morais. Fundamentalmente, quem me desrespeita em valores, aí sim reajo mal. Fui educado com valores muito marcados de respeito, honestidade e verdade. Toda falta de caráter me choca e me torna reativo. Quando não me respeitam, aí viro o bicho”, admitiu.

A experiência adquirida ao longo da carreira, porém, já o fazem saber ligar com os nervos, garante. “Estou com mais experiência, consigo perceber que a intenção é mesmo a provocação e consigo lidar.”

Diferentemente do antecessor Sylvinho, Vitor Pereira chegou prometendo inovar na maneira de a equipe atuar e sem ficar pragmática com apenas um esquema de jogo. A ideia é que “os jogadores fiquem confortáveis no estilo de jogo.” Apesar de gostar do 4-3-3, Vitor Pereira explicou que em campo o time pode variar para um 3-5-2 ou mesmo um 4-5-1, sem perder sua objetividade.

“Comigo é tudo possível. Eu posso pegar num 4-3-3 e posso atacar em uma outra dinâmica, projetar só um lateral, abrindo um extremo do lado contrário. Daí já atacamos em um sistema diferente. Contra uma equipe muita alargada (espaçada), peço para o extremo fechar, daí muda para 5-4-1. Os sistemas são só ponto de partida. Futebol não tem mais o mesmo esquema do início ao fim, se transformou pela dinâmica no jogo.”

Vitor Pereira até brincou sobre como está sendo tratado pelos torcedores e garantiu, que com respeito, pode ser chamado de como os corintianos quiserem. Ele virou VP, VP da Fiel, Vitão. “Podem me chamar do que quiser, sendo com respeito. Vitor, Vitor Pereira, Vitão, se ganharmos. Se perdemos é Vitinho”, se divertiu.

O português elogiou o elenco, ressaltou a personalidade dos jogadores, como Paulinho e Renato Augusto, mas fez um alerta: “Ganharam está no passado. Devemos seguir lutando para ganhar”, disse. “O elenco tem sempre de provar. No passado também ganhei e quero continuar ganhando. O desafio é diário. O que nos faz andar, correr, é ganhar, esse espírito que quero na equipe.”

Apesar disso, exaltou a personalidade encontrada no time do Corinthians. “Temos gente na equipe que nos jogos que precisam mostrar, não tremem, querem bola e assumem a responsabilidade. Isso é importante. Paulinho realmente fazia muita diferença na China, mas fui campeão contra ele lá. Já tinha admiração por ele na China, senti várias vezes que tinha caráter, é um atleta que não consegue jogar mal e quando você precisa ele assume e aparece nos grandes jogos, Renato também faz muito isso.”

Sempre pronto para uma boa resposta, Vitor Pereira “pipocou” apenas quando questionado se está na hora de um estrangeiro assumir o comando da seleção brasileira. Tite já anunciou que sai no fim do ano. “Cheguei há poucos dias, não me meta nesta confusão, primeira vez no Brasil, tenho de estudar muitas equipes, jogadores… Me dá um tempo e depois dou uma resposta.”

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