“Vi Neymar normal, como sempre”, diz colega de Seleção após caso Nike
“é um assunto de outra pessoa. Não cabe a mim falar sobre esse assunto”, disse o lateral-direito Emerson
atualizado
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Os jogadores da Seleção Brasileira evitaram comentar a acusação feita por uma funcionária da empresa Nike contra Neymar a respeito de uma suposta agressão sexual em 2016. No primeiro dia de entrevistas coletivas do grupo que está concentrado na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), os defensores Felipe e Emerson afirmaram que se trata de um “assunto pessoal” e que deve ser conduzido pelo jogador. Emerson classificou o tema como “chato” e que “viu Neymar normal, como sempre”.
De acordo com jornal americano The Wall Street Journal, a acusação teria sido o motivo pelo qual a marca de produtos esportivos encerrou o contrato com o jogador do Paris Saint-Germain em agosto do ano passado sem alegar um motivo. O compromisso ainda tinha mais oito anos de duração.
“Vi Neymar normal, como sempre. É um assunto chato, é um assunto pessoal. Se fosse meu, eu até falaria, mas é um assunto de outra pessoa. Não cabe a mim falar sobre esse assunto”, disse o lateral-direito Emerson, convocado para a vaga de Daniel Alves, cortado por lesão. O jogador do Betis confirmou que assinou contrato de três anos com o Barcelona.
O zagueiro Felipe, campeão espanhol pelo Atlético de Madrid e primeiro jogador a participar de entrevista coletiva, adotou discurso idêntico. “A gente está focado nos dois jogos aqui das Eliminatórias. Focados nos treinos, no nosso trabalho. Esse caso (do Neymar) é pessoal, ele que tem que resolver, não é a gente que tem que se colocar em nada. Somente focar e olhar para o lado futebolista. Durante os treinos, temos que fazer o que a comissão nos pede. Isso quem resolve é ele”, afirmou.
O ex-corintiano que também chegou a Seleção nesta convocação para substituir o companheiro. Em seu caso, Lucas Verissimo, ex-Santos e hoje no Benfica, foi cortado após lesão muscular.
A funcionária da Nike disse a amigos e colegas que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel de Nova York, onde ela ajudava a coordenar eventos e fazia a logística para o atacante e sua comitiva. Funcionários da Nike, atuais e antigos, são citados nos documentos.
Em publicação em seu Instagram, Neymar disse que não teve a oportunidade de se defender. “Não me deram a oportunidade de me defender. Não me deram a oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido. Até quando?”, disse trecho da mensagem.
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