Tudo passa: com CR7 no banco, substituto faz três e Portugal goleia
O maior jogador da história de Portugal viu do banco a passagem de bastão para uma nova geração
atualizado
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Doha (Catar) – Cristiano Ronaldo é o maior jogador da história de Portugal. Os números falam por si só. São 118 gols, o que o torna não apenas o maior artilheiro da seleção lusitana, mas também o maior goleador entre todas as seleções mundiais. O camisa 7 também foi o guia espiritual da maior conquista do selecionado: a Eurocopa de 2016. No entanto, há um ditado no esporte que diz que “o tempo está invicto”. E isso vale até para os maiores.
Os sinais já vinham ficando mais visíveis. Aos 37 anos, as temporadas de 30 ou mais gols marcados, antes tão comuns em seu currículo, parecem ter ficado para trás. Agora, o noticiário dá lugar às polêmicas, as críticas, aos maus-entendidos.
Sem espaço no United, Ronaldo deu uma entrevista reclamando de tudo e todos, do passado ao presente, que tenham relação com os Red Devils, clube onde ele se transformou em uma mega estrela mundial já com seus 20 e poucos anos. A entrevista causou uma ruptura que não houve como remendar e Ronaldo ficou desempregado durante algumas semanas já durante a disputa da Copa do Mundo.
Na seleção, a entrevista teria causado um “climão” entre Ronaldo e Bruno Fernandes, seu, agora, ex-companheiro de United. No entanto, ambos negaram qualquer mau-entendido. Isso não significa que o clima estava de paz e céu de brigadeiro. No jogo contra a Coreia do Sul, Cristiano foi substituído e saiu reclamando e xingando seu técnico, Fernando Santos.
O treinador afirmou, em coletiva, que não havia gostado nada da atitude, mas que tudo havia sido resolvido internamente. A resolução: Ronaldo foi reserva pela primeira vez em sua carreira na Copa do Mundo, na partida contra a Suíça. E Portugal não sentiu sua falta, aplicando um sonoro 5 x 1 na Suíça, se classificando sem dificuldades para as quartas de final, onde enfrentará a surpresa Marrocos.
Como se a vitória não tivesse sido simbólica o suficiente, três dos gols da goleada portuguesa foram marcados por Gonçalo Ramos, o substituto direto de Cristiano.
Ronaldo, enfim, entrou na partida — que terminou 6 x 1, o último gol marcado por Rafael Leão, outro jovem talentoso da ótima geração portuguesa — aos 27 do 2º tempo. Aos 28, o camisa 7 chegou a balançar as redes, mas não valeu. Impedimento. O jogo já se move em outra velocidade para ele.