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Tribunal suíço nega recurso de Del Nero e suspensão é mantida

Além da suspensão de 20 anos do futebol, Marco Polo foi obrigado a pagar cerca de R$ 98 mil para cobrir os gastos do processo

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Rafael Ribeiro/CBF
Marco Polo Del Nero
1 de 1 Marco Polo Del Nero - Foto: Rafael Ribeiro/CBF

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Marco Polo Del Nero teve negado seu recurso para reverter a suspensão de 20 anos do futebol. A decisão foi tomada pelo Tribunal Federal da Suíça. Além da punição aplicada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) ser mantida, o cartola foi obrigado a pagar 18 mil francos suíços (cerca de R$ 98 mil na cotação atual) para cobrir os gastos do processo.

A decisão data do dia 4 de março, mas só foi divulgada recentemente. Del Nero decidiu recorrer da decisão do CAS na mais alta corte suíça pela possibilidade de reverter a punição com base em alguns aspectos jurídicos, como a alegação de abuso do devido processo.

Com a suspensão mantida, Del Nero está impedido de participar de qualquer atividade ligada ao futebol até 2038, ano em que vai completar 97 anos de idade. Em setembro, a CAS reduziu a pena do cartola, retirando o banimento definitivo do esporte – aplicado em 2018 pela Fifa – para uma punição de 20 anos. O Comitê de Ética da entidade máxima do futebol também o multou em 1 milhão de francos suíços (cerca de 5,4 milhões na cotação atual).

Ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, Del Nero foi indiciado por promotores federais dos EUA em uma investigação sobre corrupção internacional no futebol, ligada a acordos contratuais pelos direitos de transmissão das partidas de futebol da América do Sul.

A Fifa enquadrou Del Nero em cinco artigos do seu Código de Ética: 21º (suborno e corrupção), 20º (oferecer ou aceitar presentes ou outros benefícios), 19º (conflitos de interesse), 15º (lealdade) e 13º (regras gerais de conduta).

Longe dos holofotes desde que foi banido, Marco Polo del Nero voltou ao noticiário no fim de 2021 por causa do afastamento do seu sucessor no comando da CBF, Rogério Caboclo. O presidente afastado da entidade enfrenta acusação de assédio moral e sexual por parte de uma funcionária da confederação e atribuiu o caso a uma conspiração supostamente criada por Del Nero.

Segundo Caboclo, o seu antecessor segue com forte influência na entidade e tramou para tirá-lo do poder. Caboclo havia chegado à presidência da CBF com o apoio de Del Nero, mas acabou rompendo com o seu então amigo e aliado político e disse ter entrado em conflito com ele antes do surgimento das denúncias da funcionária.

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