Torcida local agrava situação da segurança na final da Libertadores
Além da possibilidade de conflitos entre brasileiros, torcida do Penãrol já teve episódios de violência com palmeirenses e flamenguistas
atualizado
Compartilhar notícia
Marcada para o dia 27 de novembro, a final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras terá um fator a mais a ser observado. Além da grande rivalidade dentro de campo, da reunião de bons jogadores e do peso da partida, um fator extra-campo pode ser um dos destaques da grande decisão: o alto risco envolvendo as torcidas do jogo.
O assunto veio à luz em uma primeira oportunidade na quinta-feira (7/10) desta semana, quando o jornalista Mauro César Pereira, do portal “Uol”, detalhou o nível de tensão que se instaura entre torcedores organizados do Verdão e do Rubro-negro.
Levando em conta que torcedores das duas equipes devem fazer a mesma rota rodoviária rumo à Montevidéu, as chances das confusões na ida, durante a partida, ou na volta é quase certa pela quantidade de torcedores que devem ir até o Uruguai.
No entanto, há um ingrediente extra que pode piorar o que já não é agradável.
Barra Amsterdam
O principal grupo de torcedores do Peñarol, clube Uruguaio sediado na cidade de Montevidéu, chama-se Barra Amsterdam. A torcida é uma das principais dentro do país de reconhecimento internacional. Em um intervalo de menos de cinco anos, os torcedores do Peñarol se envolveram em dois grandes episódios de violência com brasileiros, justamente flamenguistas e palmeirenses.
Em 2017, quando o Palmeiras venceu o Peñarol em pleno Campeón Del Siglo, uma briga generalizada entre jogadores, protagonizada especialmente pelo meia Felipe Melo, desencadeou uma briga simultânea nas arquibancadas.
Os uruguaios tentaram invadir o setor dos torcedores palmeirenses, que revidaram a investida, protagonizando diversas cenas de violência ao término do jogo.
Dois anos depois, os episódios contra brasileiros voltaram a acontecer, desta vez contra o Flamenguistas. Horas antes do jogo, um grupo de torcedores flamenguistas encontrou com parte da Barra Amsterdam na praia do Leme. Uma grande briga tomou conta do calçadão.
Armados de paus, pedras, garrafas e cadeiras, os torcedores se atacaram. A violência foi tamanha que um torcedor acabou morrendo um ano após a partida em decorrência da confusão.
Após o jogo, mais episódios de violência foram registrados nos arredores do Maracanã.
Contexto brasileiro
A rivalidade entre os torcedores cariocas e paulistas pode ser explicada em parte pelas alianças que existem no mundos das torcidas. Grupos palmeirenses são muito próximos de grupos organizados do Vasco, causando uma tensão imediata.
A situação se agrava quando levamos em conta que uma das principais torcidas organizadas do Flamengo tem laços estreitos com uma das organizadas do São Paulo.
Esse contexto por si só, já seria de alto risco em uma partida em qualquer lugar do Brasil, como ficou evidenciado em 2016 quando as duas equipes se enfrentaram no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e houve confronto de torcedores.
Tal episódio rendeu uma punição ao Flamengo este ano, que foi considerado culpado pela falta de segurança na partida.
Diante disso, o possível encontro entre torcedores de Palmeiras e Flamengo pode ser agravado caso os donos da casa estejam dispostos a atrapalharem a festa brasileira em seu território. Autoridades dos dois países precisarão se mobilizar e organizar para que nenhuma tragédia ocorra.
Palmeiras e Flamengo disputam a grande final no dia 27 de novembro.
Quer ficar por dentro de tudo que rola no mundo dos esportes e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles.