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Torcida acusa CBF de vetar bandeira com rosto de Marielle Franco em estádio

Uma torcida organizada do Atlético-MG foi informada que não podeira estender a homenagem por ser de “cunho político”

atualizado

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Bandeira com Marielle Franco
1 de 1 Bandeira com Marielle Franco - Foto: Reprodução/Twitter

Uma torcida organizada do Atlético-MG, a Resistência Alvinegra, não pode mais estender nos estádios sua bandeira com o rosto da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. A proibição, de acordo com membros do movimento, partiu da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que enquadrou o símbolo como uma manifestação “político-religiosa”.

De acordo com o relato de um integrante da torcida ao jornal O Tempo, eles foram informados sobre o veto por “uma pessoa que tem intermediado a situação de entrarmos com as faixas no estádio”. Ainda segundo ele, “o Atlético foi notificado pela CBF devido à repercussão da foto que tiramos com a nossa bandeira com a imagem da Marielle lá dentro.”

Além da imagem da vereadora, a torcida também está impedida de entrar com a bandeira com o termo “Antifa”, que remete ao movimento antifacista. A organizada lamentou o fato e, nas redes sociais, classificou a ação como “censura”.

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A torcida decidiu retirar o termo "antifa"
A explicação por parte da torcida
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Bandeira censurada

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A torcida decidiu retirar o termo "antifa"

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A explicação por parte da torcida

“Esta notificação, além de proibir a volta da bandeira da Marielle para a arquibancada, também decretou que não poderemos nos identificar como uma “torcida antifascista”. Dito isso, estamos retirando o termo “antifa” das nossas bandeiras”, anunciou.

O que diz o regulamento

O Regulamento Geral das Competições da CBF tem um capítulo específico para evitar “manifestações político-religiosoas”.

“As competições nacionais oficiais do futebol brasileiro exigem de todos os intervenientes colaborar de forma a prevenir comportamentos antidesportivos, bem como violência, dopagem, corrupção, manifestações político-religiosas, racismo, xenofobia ou qualquer outra forma de discriminação”, diz trecho do texto, que ainda prevê punição caso não seja respeitado. “As declarações antidesportivas ou quaisquer outras que venham a macular a imagem de qualquer competição ou da CBF serão passíveis das punições previstas no art. 53”.

O Metrópoles entrou em contato com a CBF, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.

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