Tite nega cruzamento “fácil” para o Brasil: “Resultados falam por si”
Comandante da Seleção Brasileira afirmou que é importante “sentir” a derrota por 24h, e depois focar na preparação para as oitavas
atualizado
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Doha (Catar) – A Seleção Brasileira foi derrotada pela primeira vez por um time africano na história das Copas do Mundo. Ciente da magnitude do ocorrido, Tite admitiu que a derrota foi sentida pelo grupo, porém, fez um alerta: “Sentiu e é pra sentir. Mas só por 24 horas. Depois, é começo de preparação para o próximo jogo”.
O próximo jogo, em questão, é o confronto de oitavas de final contra a Coreia do Sul, que acontece já na próxima segunda-feira (5/12), no estádio 974. Ou seja, a partir de agora, perdeu, fim de competição, outro ponto que Tite fez questão de frisar em entrevista coletiva após o duelo com Camarões. “Copa do Mundo geralmente não oferece segunda chance. Desta vez, ofereceu. Vamos procurar aproveitar”.
Explicando a derrota, Tite elogiou o número de oportunidades criadas, mas afirmou que talvez um pouco de ansiedade na hora de definir e querer fazer as coisas certas podem ter atrapalhado a Seleção.
O técnico também rechaçou uma suposta facilidade que a Seleção pode ter pela frente em seu chaveamento, com o time asiático e, possivelmente, Croácia ou Japão em uma eventual quartas de final. “Brasil perdeu pra Camarões. Portugal perdeu pra Coreia, França para a Tunisia, Argentina para a Arábia. Os resultados falam por si. Não dá pra dizer isso (sobre facilidade).”
Lesões
Além de Neymar, Alex Sandro e Danilo, a Seleção Brasileira tem mais dois problemas físicos para lidar após a partida desta sexta. Gabriel Jesus saiu reclamando de dores no joelho e Alex Telles terá que fazer uma ressonância magnética devido a um trauma, também no joelho direito. Questionado sobre se o alto número de lesões oferece algum significado para a comissão técnica, Tite respondeu:
“A exigência física deste tipo de competição é cada vez maior. Os jogos acontecem em um curto espaço de tempo. Há também o efeito acumulativo dos jogos. A Copa do Mundo te absorve, te drena, tudo isso é considerável e pode ter um impacto”, concluiu.