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Tite esconde escalação da Seleção Brasileira para não “municiar” o Peru

O técnico completará contra os peruanos a marca de 50 jogos no comando da Seleção Brasileira

atualizado

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Marcio Machado/Getty Images
Tite Seleção Brasileira
1 de 1 Tite Seleção Brasileira - Foto: Marcio Machado/Getty Images

Ao contrário do que fez na véspera do duelo contra a Bolívia, na estreia das Eliminatórias, Tite preferiu não anunciar a escalação que vai enfrentar o Peru nesta terça-feira (13/10), às 21h, em Lima, pela segunda rodada da competição. A justificativa do treinador para esconder a equipe é não dar munição para o técnico Ricardo Gareca. Ele adiantou, porém, que a base será mantida.

“Nós temos uma série de atletas de alto nível, eu tenho uma equipe montada, mas não quero falar. Os atletas já sabem desde ontem. A base permanece, as ideias permanecem. Mas não quero municiar o (Ricardo) Gareca. Você troca uma característica do atleta e já traz uma adversidade”, justificou o treinador, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

O técnico completará contra os peruanos a marca de 50 jogos no comando da Seleção Brasileira. O adversário desta terça foi o rival derrotado na final da Copa América de 2019, mas também o último algoz da equipe de Tite, em amistoso realizado em setembro do ano passado. Para o comandante, o duelo não tem uma simbologia ou significado especial em razão da marca alcançada.

“Adversário importante, grau de dificuldade técnica e física superior ao que enfrentamos. Temos que ter essa capacidade de contextualizar. Não estou pensando muito nos 50 jogos, penso numa ideia de futebol e que a equipe jogue muito. Que tenha a consciência que tem que criar e fazer gol, ser dura e dificultar ao máximo o adversário, se possível não tomar gol e que traduza isso em vitórias”, ressaltou.

O treinador fez um paralelo entre a Bolívia, goleada por 5 x 0 no primeiro desafio do Brasil nas Eliminatórias, e a seleção do Peru, que reconheceu ser mais forte e competitiva do que os bolivianos. A ideia, independente do adversário, é desenvolver um padrão de atuação e manter solidez e regularidade.

“O grau de expectativa deles (Bolívia) era fazer um bom jogo, perder de pouco e seria uma vitória para eles. E nós com a responsabilidade de jogar bem e fazer resultado. Isso é considerado. Passado esse ponto, o desafio é diferente, com uma equipe de nível técnico superior, físico superior, e um desafio para nós: buscar repetir um padrão. Talvez não com a mesma força técnica. Vamos enfrentar um adversário mais forte em circunstâncias mais fortes”, analisou.

A pandemia de Covid-19 alterou os planos da seleção. A comissão técnica consultou o departamento médico e decidiu não realizar nenhum treinamento em solo peruano. A última atividade foi feita na manhã desta segunda-feira, no CT Joaquim Grava. A delegação embarca para Lima às 17h.

“Nós conversamos com os médicos, lembro perfeitamente, e a pergunta foi: a orientação médica, qual é? Quanto menos tempo for, e não tiver o trabalho técnico e tático lá (no Peru) é melhor. Então assim vamos fazer. A prioridade é a saúde e na sequência vêm o trabalho e futebol”, explicou Tite. “Nós seguimos aquilo que prevê o protocolo médico com o máximo rigor possível. Eu sei que não existe segurança total, mas o máximo que pudermos fazer (evitar a contaminação do vírus) nós vamos fazer”, completou.

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