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Times estruturados dentro e fora de campo dominam temporada no Brasil

Campeões, finalistas e candidatos ao título provaram que um bom planejamento fora das quatro linhas é fator fundamental para o sucesso

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Buda Mendes/Getty Images
Palmeiras v Flamengo – Copa CONMEBOL Libertadores 2021: Final
1 de 1 Palmeiras v Flamengo – Copa CONMEBOL Libertadores 2021: Final - Foto: Buda Mendes/Getty Images

A temporada do futebol brasileiro de 2021 caminha para a sua reta final, restando apenas a disputa dos títulos da Copa do Brasil e a confirmação sobre quem levará o Campeonato Brasileiro. Mesmo sem esses dois novos campeões, uma conclusão já pode ser tirada antecipadamente. Sem uma organização financeira mínima, é praticamente impossível levar bons projetos de futebol a frente.

Finalistas da Libertadores, Flamengo e Palmeiras são os dois maiores exemplos disso. Depois das reestruturações que passaram após anos de dívidas acumuladas, irresponsabilidades em momentos de contratações, rebaixamento do lado alviverde e a falta de protagonismo para os cariocas, os dois passaram a dominar o futebol sul-americano de maneira praticamente hegemônica.

Em menor escala, o mesmo pode ser observado no caso dos finalistas da Copa Sul-Americana. Cientes de suas realidades, Athletico-PR. e Red Bull Bragantino montaram estruturas e equipes que as tornam competitivas dentro de suas limitações.

No caso do Furacão, que não só foi campeão da Sul-Americana como está em mais uma final de Copa do Brasil diante do Atlético-MG. A equipe mineira é outra que, após encontrar um grande investidor para montar uma equipe com nomes do porte de Hulk, Nacho, Diego Costa e outras, acabou sendo uma das maiores surpresas da temporada.

Vale lembrar que a conquista do bi no Campeonato Brasileiro do Galo se torna a cada rodada uma mera questão de tempo.

É importante relembrar, no entanto, que administração não ganha jogo nem decide uma grande final. Aliado ao bastidor devidamente estruturado é fundamental que se tenha um planejamento de futebol traçado com cautela.

Veja por exemplo o caso do Santos. Após três gestões que acumularam polêmicas, escândalos e escolhas duvidosas para dentro de campo, o Peixe viu na atual gestão negociações para o pagamento de dívidas, contratações dentro da realidade financeira do time e a captação de patrocinadores que se afastaram do clube da Vila Belmiro por conta do amadorismo apresentado anteriormente.

No entanto, as escolhas para dentro de campo afetaram diretamente nos rumos dos objetivos do time durante 2021. O time que terminou a temporada de 2020 como vice da Libertadores fracassou em seus principais compromissos da temporada. A equipe precisou por duas vezes lutar para não ser rebaixado. uma no campeonato Paulista e outra agora no Brasileiro. Provando não só que gestões irresponsáveis deixam sequelas, mas que apenas boa condução financeira não dão retorno dentro de campo.

A tendencia é de que isso só fique mais forte a cada temporada, numa espécie de Darwinismo futebolístico, os melhores adaptados seguem em suas brigas enquanto quem não se adequa, acaba levando a pior.

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