Suspeito de racismo em MG se defende: “Meu cabeleireiro é negro”
Natan Siqueira Silva negou ter chamado o segurança Fábio Coutinho de “macaco” durante o clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro
atualizado
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O suspeito de injúria racial no clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro no último final de semana se defendeu das acusações. Natan Siqueira Silva, e o irmão, Adrierre Siqueira da Silva, prestaram depoimento nesta terça-feira (12/11/2019), em Belo Horizonte (MG) e refutaram ser racistas. Segundo os dois, as declarações foram motivadas pelo “calor do momento”. A intenção dos dois é se encontrar com o agredido para se desculparem pelo ocorrido.
De acordo com Natan, que conversou com a imprensa após o depoimento, ele não chamou o segurança Fábio Coutinho de macaco.
“De forma alguma, tanto é que eu tenho irmão negro, tenho pessoas que cortam o meu cabelo que são negros, amigos que são negros. Isso não foi da minha índole, pelo contrário. A forma que está circulando nas redes sociais, na imprensa, que eu dirigi a palavra a ele de ‘macaco’, de forma alguma eu falei aquilo. A palavra direcionada foi ‘palhaço’ e não ‘macaco'”, declarou.
Adrierre, que cuspiu no segurança e em seguida gritou “olha sua cor”, optou por pedir perdão e reforçar que quer se desculpar pessoalmente com Fábio Coutinho.
“Estava com os ânimos exaltados na hora do jogo e quero pedir perdão a ele, por todos os insultos que eu fiz, pelo cuspe que eu proferi. Aquilo não é da minha índole”, afirmou.